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Vaga apenas para elas

O que é ser mãe? A definição ainda não está posta na esfera pública, o que enfraquece as discussões e possíveis conquistas. Afinal, não se trata apenas de amor, cuidado e dedicação. No âmbito político, social e econômico, ser mãe atravessa o próprio ato de resistir.

No oitavo país com maior desigualdade social do mundo, quase 8,5 milhões de mulheres saíram do mercado de trabalho no terceiro trimestre durante a pandemia. A participação delas caiu a 45,8%, alcançando o nível mais baixo em três décadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais de 11,5 milhões de mães solo no Brasil enfrentam, nesse contexto pandêmico, mais riscos, somados a dificuldades financeiras e sobrecarga mental, devido aos fechamento das escolas e acúmulo de tarefas, papéis nas suas rotinas.

“Enquanto o contexto de pandemia agrava a situação das mães na esfera pública, as discussões não são norteadas para essa categoria. Pelo contrário, gerido por homens, o Governo não percebe que mães com melhores condições para atuar nesse contexto refletem em melhor estrutura para seguir com os cuidados das crianças. E isso reverbera nas gerações futuras que terão poder de mudança social, política e sobre a natureza”, afirma Marina Vaz, fundadora e CEO da Scooto , central de relacionamento com o cliente que atua num modelo 100% remoto e flexível.

Criada em 2017, a startup atua em todo o Brasil e foi idealizada com foco em promover a transformação de mulheres com filhos no âmbito econômico. “Promover a empregabilidade de uma mãe é o início de uma mudança no status quo. É o primeiro passo para uma verdadeira transformação futura. Mães com autonomia financeira e condições melhores para trabalhar e maternar refletem em crianças melhores, e, consequentemente, em gestores e agentes de transformação social mais competentes para tomadas de decisão em todas as esferas públicas”, afirma Marina.

Com um time formado por 50 pessoas e composto exclusivamente por mulheres, apelidadas de Scooteiras, 95% são mães. A Scooto reúne profissionais qualificadas, situadas em diversos estados brasileiros, com formação acadêmica em Neurociência, Comunicação, Relações Internacionais, Administração, Engenharia de Alimentos, entre outras, para trabalhar com atendimento ao cliente e vendas num modelo 100% remoto. A remuneração tem um valor médio de R﹩2.500, o que está acima da média do mercado de call centers. “Atuamos com a ideia de que atendimento ao cliente não é um subemprego. Nossa equipe é formada por pessoas empáticas e extremamente qualificadas para o trabalho”, pontua a CEO da Scooto.

Segundo Marina Vaz, a gestão é construída em quatro pilares: confiança, colaboração, comprometimento e comunicação. Por meio deles, a startup se firma dentro de um modelo de gestão horizontal em que todas executam seus papéis com autonomia, tendo a cultura interna como balizadora de decisões.

O nome Scooto é uma brincadeira com o som das letras da palavra “escutar”, seu principal propósito. É a partir da escuta ativa que a empresa realiza um atendimento empático e humanizado a fim de resolver problemas e garantir a satisfação do cliente.

“Com uma cultura interna que prima a proatividade das colaboradoras e noção de coletividade entre todas nós, a atuação com foco no encantamento do cliente, na construção de relações com ele e na leitura de dados pertinentes ao negócio acabam transformando o SAC num gerador de leads qualificados e potencializador do melhor canal de marketing: o boca-a-boca”, encerra Marina Vaz.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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