O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) reagiu ao manifesto, lançado por um grupo de deputados do PT, contra a sua indicação para coordenar comissão que vai discutir a reforma política na Câmara. Em nota, Vaccarezza diz que os “ataques pessoais” feitos pelos colegas de partido aprofundam a “descrença da sociedade” nos partidos e em seus representantes políticos.
“Ao contrário do que pregam, o grupo de trabalho e a minha atuação como seu coordenador facilita e agiliza a realização da consulta popular e a busca do entendimento necessário para a concretização da reforma política que a sociedade clama”, afirma o deputado.
Vaccarezza reafirma, na nota, sua disposição em viabilizar a aprovação de plebiscito para que a população opine sobre a reforma política. “Já me comprometi com o líder do meu partido, o deputado José Guimarães, e com o presidente do PT, Rui Falcão, de que vou trabalhar pessoalmente pela coleta de assinaturas do projeto de decreto legislativo para a realização do plebiscito.”
Na nota, o petista ainda convida os colegas de partido e bancada para se unirem em torno da realização do plebiscito. “Convido os que tentam transformar o debate em torno da reforma política em arena de disputa política a mobilizar energia para viabilizar a realização do plebiscito, que dizem defender.”
Numa demonstração da disputa interna dentro do partido, os deputados petistas lançaram na noite de ontem o manifesto contra a indicação de Vaccarezza. O documento, assinado por 28 dos 88 deputados do partido, chama de conservadora a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) de criar “mais uma comissão” para a reforma política em vez do plebiscito.
“Uma das respostas conservadoras, patrocinada pela atual Presidência da Câmara dos Deputados, além da rejeição à ideia do plebiscito, foi a constituição de mais uma comissão para propor uma reforma política em marcos muito mais tímidos do que inicialmente proposto pela presidente Dilma”, diz a nota.
O grupo acrescenta: “O caráter regressivo desse ato foi reafirmado por interferência externa na indicação do membro da bancada do PT para coordenar os seus trabalhos. Indicamos por unanimidade o deputado Henrique Fontana [RS], relator há dois anos e meio da comissão anteriormente incumbida para propor a Reforma Política. Para surpresa da bancada, a Presidência da Câmara designou o deputado Cândido Vaccarezza como coordenador da nova comissão. Mais do que uma escolha pessoal, este gesto é um claro movimento para impor à bancada do PT preferências políticas que não são as suas. Tal atitude antecipa um antagonismo às posições que o PT defende na reforma política”.
O documento é assinado, em sua maioria, por deputados da corrente petista ligada a Henrique Fontana, previamente indicado pelo partido para coordenação. Aliados de Vaccarezza alegam que sua indicação tem o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Vaccarezza rebate manifesto
Redação
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