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União Europeia estuda meios de rolar dívida do país, mesmo com default seletivo

Os governos da Zona do Euro estão estudando meios de fazer os credores privados da Grécia rolarem seus bônus mesmo se as agências de classificação de risco considerarem que o processo colocará o país em default, informaram duas autoridades europeias na sexta-feira, 1º.
Segundo as fontes, os governos querem manter o apoio do BCE (Banco Central Europeu) para o plano, que pretende liberar até 30 bilhões de euros para o governo grego. No entanto, o BCE se opõe fortemente a uma ajuda financeira que coloque a Grécia em “default seletivo” – um termo usado pela Standard & Poor’s quando apenas alguns bônus de um país entram em default.
O apoio do BCE é crucial porque o sistema financeiro da Grécia ficaria sob forte pressão, caso os bancos gregos não pudessem mais usar a dívida soberana do país em seus livros como colateral para obter empréstimos do BCE.
Os governos da zona do euro querem que os investidores troquem os bônus gregos que vencerem por bônus novos com cupom (juro nominal) abaixo da taxa do mercado, que excede 20% para os papéis com vencimento nos próximos anos. Todas as três maiores agências de classificação de risco afirmaram que considerarão esse procedimento um default.
Uma proposta em discussão seria a criação de pacotes de bônus gregos junto com bônus classificados como AAA – talvez emitidos pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate europeu – que poderiam, então, ser aceitos como colateral pelo BCE.
“Esse de fato é um dos cenários que estamos estudando, mas nós ainda precisamos receber um feedback do BCE”, encerrou uma das fontes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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