Pesquisar
Close this search box.

Um longo passo para a educação 4.0

https://www.jcam.com.br/Upload/images/Noticias/2020/1%20SEM/01%20Janeiro/01/Luiz%20Claudio%20perfil.jpg

Fazer uma Licenciatura seja ela qual for ou simplesmente ser expert em uma área do conhecimento pode ser o suficiente para ministrar aulas, mas não para ensinar com responsabilidade. Você pode até ser muito bom na sua profissão, mas achar que isso é suficiente para transmitir conhecimento, é um erro, isso é um devaneio que acaba por comprometer a vida e os sonhos das pessoas.

O modo de transmitir ensinamentos em ambientes formais e não formais mudou muito e esse é um caminho sem volta. Prova disso, é a chegada das Metodologias Ativas, do Ensino a Distância, do Ensino Híbrido, das Realidades Virtual e Aumentada, das Universidades Corporativas, do E-learning, da Internet das Coisas, da Impressora 3D e do Big Data.

Já faz muito tempo que o modelo arcaico e pouco produtivo de ensono aprendizagem se alicerça tão somente em Datashow, quadro branco, pincel e papel. Isso é insuficiente para atender às necessidades dos alunos e das novas expertises tão necessárias, pulsantes e desejadas pelo mercado de trabalho global.

Muitos acreditam que ter um bom conteúdo e simplesmente repassá-los é ato de ensinar, sinto muito em dizer, estão equivocados. Ensinar é muito mais do que isso.

Ao entrarmos na esfera dos instrumentos institucionais avaliativos, temos outros graves problemas. Estes instrumentos apenas causam uma sensação ao aluno de estar sendo avaliado, ao dito professor, o de estar aplicando uma avaliação e a instituição de ensino ao de estar rigorosamente em conformidade legal com as suas secretarias de educação e ao MEC.

Mas não é só isso, para alguns professores o momento de avaliar se transforma em um momento de ressentimento, despique ou até mesmo punitivo. Ou seja, naquele momento, o professor se sente um verdadeiro He Man – herói de um desenho animado que dizia: “Eu tenho a força”.

Existem ainda outras particularidades. A primeira é a de que se o instrumento avaliativo exigir reflexão, o aluno corre sérios riscos de não conseguir responder. Isso porque, em sala de aula ele não foi motivado a momentos de reflexão, advindo ainda, pela ausência da leitura. Já a segunda, é a de que muitas instituições de ensino “obrigam” seus professores a desenharem seus instrumentos avaliativos apenas com perguntas objetivas, ou seja, são as de múltipla escolha, quando apenas uma resposta é certa, e de certo ou errado ou verdadeiro ou falso.

E DE QUEM É A CULPA?

Certamente não é das estrelas. Do professor que não está motivado, preparado e atualizado? Da instituição de ensino que prima por uma avaliação mais fácil deixando assim o seu aluno (cliente) em uma grande zona de conforto, propiciando desta forma a inadimplência pois notas ruins desmotivam, assim como também a não desistência do curso? O aluno que sempre foi enganado, sabe disso e prefere que fique assim porque é o caminho mais fácil mesmo sabendo que não o levará a lugar algum?

COMO FICA A EDUCAÇÃO 4.0 COM ESTE CENÁRIO?

Com obviedade, este salto deprecará muito esforço por parte de todos os envolvidos, do porteiro ao diretor da instituição. Mas eu diria que não basta o diretor querer, implantar e normatizar. É preciso criar um sentimento e uma clara consciência de todos. É simplório, julgar que comprando tecnologia terei uma instituição 4.0.Sinto a necessidade de lembrar, que nas redes de ensino pública e particular temos diretores, professores e demais colaboradores além é claro de alunos que não sabem sequer ligar um computador, entrar em uma sala de aula virtual ou ter acesso a indispensável internet.

Será necessário apresentar a tecnologia as estas pessoas, educa-las para um uso produtivo e não viciante para então partir para a educação 4.0.

Com o uso desta tecnologia flutuante, precisaremos produzir aulas criativas e mais interessantes sem descartar a prática cognitiva seja com papel, barro, madeira ou metal. Neste novo conceito, os alunos não precisam mais acumular conhecimento. Mas, sim, ter um ensino mais personalizado, capaz de oferecer a ele o necessário para atuar em profissões do futuro.

Por fim, afirmo que o caminho é longo para fazer um bom uso da tecnologia no ensino aprendizagem e fica mais intangível sem o básico, a leitura.

Precisamos desde cedo estimular a leitura. É preciso transformar a leitura em um ato de amor, como disse Paulo Freire.

*Luiz Cláudio da Silva é educador corporativo, professor de ensino superior e espacialista em capacitação empresarial

Luíz Cláudio da Silva

É educador corporativo, professor de ensino superior e espacialista em capacitação empresarial
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar