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Um empório só de panetones

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Pão, comemos todos os dias e a qualquer hora, mas é só chegar a época do Natal e surge um tipo de pão especial, admirado no mundo todo, o panetone. Existem algumas lendas a respeito do surgimento deste alimento, mas o que se sabe com certeza é que ele é secular, possivelmente surgido na Itália. O primeiro documento a registrar o panetone é o Dicionário Milanês-Italiano, de 1606, que o cita como um ‘pão grande para comemorações de Natal’.

Com o sucesso que o panetone faz a cada Natal, este ano ele ganhou uma loja praticamente só dele, no Amazonas Shopping, o Empório do Panettone, montado pelo Grupo 4 Mares.

“A ideia surgiu internamente, em menor escala, pois queríamos fazer apenas um quiosque. Quando procuramos a Bauducco para conversar sobre a ideia, nos falaram de uma experiência que tiveram em outra capital, mas não como quiosque, e sim no formato de uma pop-up store (loja provisória). Isso foi em meados de maio, e desde lá o projeto se desenvolveu até chegar ao Empório do Panettone”, contou Daniel Pi, sócio-diretor da 4 Mares.

As pop-up stores são lojas temporárias que estão ganhando popularidade no mercado de varejo. Elas deixaram de ser febre apenas entre pequenos negócios e lojas virtuais, conquistando empresas grandes e convencionais. As lojas pop-up são ótimas para promover novos produtos, testar um mercado emergente, queimar estoques e aumentar a consciência de marca, tudo isso mantendo os custos indiretos bem baixos.

O mesmo fermento   

O Empório do Panettone pertence ao Grupo 4 Mares, que já atua há 29 anos no mercado distribuidor do Amazonas. Há quase 20, a Pandurata, proprietária da marca Bauducco, é parceira comercial da 4 Mares. Como distribuidores, a empresa abastece todo o varejo alimentar do Estado, desde os pequenos comércios de bairro até as grandes redes nacionais e locais (DB, Carrefour, Assai, Atacadão, Nova Era e Atack, por exemplo).

“Essa é nossa primeira experiência em ‘conversar’ diretamente com o consumidor final. Diria que está sendo um grande laboratório para se testar diversos aspectos de uma operação como esta”, destacou Daniel.

A loja abriu no dia 15 de novembro, no mesmo dia da chegada triunfal do Papai Noel ao Amazonas Shopping e, como uma pop-up store, deve permanecer no espaço por aproximadamente 45 ou 60 dias, ou até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis quando, oficialmente, encerram-se as festividades natalinas. Está disponibilizando para os clientes mais de 12 mil unidades de panetones.

“Apesar de as ‘estrelas’ do show serem os diversos tipos de panetone da marca Bauducco, aproveitamos para comercializar no Empório itens presenteáveis nesta época do ano como vinhos, espumantes, pistache, damasco, M&Ms sazonais, barras de chocolate, pão de mel, entre outros e, detalhe: estamos montando cestas personalizadas”, informou.

“No portifólio de panetones demos um foco maior ao mix de itens mais sofisticados, que normalmente o cliente não teria a oportunidade de encontrar em um supermercado comum”, destacou.

“Mesmo sendo industrializado, o produto carrega o carinho e o capricho que se materializa na forma do fermento que eles utilizam, o mesmo utilizado pelo fundador da empresa, Carlo Bauducco, que migrou da Itália para o Brasil, em 1948, onde fundou uma doceria no bairro do Bráz, em São Paulo, em 1952. O processo fabril é na verdade quase um grande processo artesanal”, garantiu.

Aumento de 5% nas vendas

Ao final do período de permanência da pop-up store no shopping, os resultados das vendas definirão se ela voltará no ano que vem.

“Nossa idéia é poder, nas próximas campanhas de Natal, cada vez mais aproximar e proporcionar essa experiência ao consumidor final onde ele estiver, ou seja, a partir do sucesso dessa primeira loja, queremos replicar e melhorar o modelo para outros shoppings e espaços comerciais da cidade”, adiantou.

Segundo as expectativas da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) a previsão é de que as vendas de panetone, em 2019, cresçam 5% na comparação com o Natal passado. Estima-se que o faturamento chegue a R$ 735 milhões.

A fabricação do panetone começa em julho, quando são feitos os produtos para exportação, seguindo para mais de 50 países, sendo o principal destino os Estados Unidos. Em agosto, começa a produção nacional. A última fornada sai na primeira quinzena de dezembro. Pesquisa realizada pela Abimapi mostrou que 20% dos lares brasileiros foram presenteados com panetone no Natal de 2018, quando foram vendidas 39 mil toneladas do produto, 2,5% a mais que em 2017, gerando faturamento de cerca de R$ 700 milhões.

“Pela expertise de quase 20 anos ajudando a construir e desenvolver a cultura e o hábito de consumo do panetone em nossa cidade, temos um carinho enorme pela marca e pelo produto, e muito orgulho de poder ter ajudado a colocar este item tão especial na mesa de milhares de amazonenses ao longo desse tempo”, conclui Daniel.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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