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Turistas e seleções na Copa

O maior evento esportivo do mundo está prestes a começar. Faltam dois meses até a bola rolar para Brasil e Croácia, dia 12 de junho. Com 32 países na disputa e diversas culturas envolvidas, é preciso treinamento especializado e atenção aos detalhes para encantar os visitantes que estarão no país e despertar neles a vontade de voltar.
“O Brasil tem uma grande oportunidade para cativar os turistas e as delegações, sempre atentando para as especificidades de cada cultura, desde a parte religiosa aos hábitos alimentares”, comenta Trícia Neves, sócia-diretora da Mapie, empresa especializada em gestão estratégica e consultoria hoteleira.
E para passar essa boa impressão ao visitante, nacional ou estrangeiro, a cadeia do turismo precisa de capacitação, não só com treinamentos de idiomas, mas também com detalhes das culturas dos países envolvidos no mundial.
Na alimentação, o cuidado para satisfazer o turista deve ser redobrado, pois os hábitos de países orientais, como Japão e Coreia do Sul, são muito distintos dos ocidentais, que contam com grande influência das culturas europeia e norte-americana. O café da manhã dos japoneses, por exemplo, inclui arroz, sopa, peixe grelhado, algas marinhas, soja fermentada e chá verde. Enquanto isso, os coreanos têm por hábito uma refeição parecida com o almoço e jantar, com direito a kimchi (verduras apimentadas em conserva), uma tigela de arroz e sopa. Uma curiosidade é o desjejum dos iranianos, muito parecido com o brasileiro, com direito a pão, manteiga, geleia e café com leite, além do halim, uma mistura de trigo, canela, manteiga e açúcar, tudo isso cozido com carne desfiada.

Diferenças
Um gesto que costuma causar estranheza em estrangeiros é o cumprimento do brasileiro com beijos. São vários os países ocidentais que têm a cultura somente do aperto de mãos, enquanto outros, como o Japão, estão acostumados a curvar-se, variando entre acenos sutis com a cabeça em situações informais entre amigos, até mesmo a curvatura de 90 graus ao se dirigirem a pessoas com status social mais alto.
Fatores religiosos não podem ser esquecidos, como, por exemplo, a indicação da direção de Meca para as orações diárias dos muçulmanos. Em países como Irã, Argélia, Costa do Marfim, Camarões e Nigéria essa crença é dominante nas populações e os hotéis que receberão essas seleções devem estar devidamente preparados.
Por mais que os brasileiros e portugueses falem o mesmo idioma, deve-se ter cuidado com alguns termos que podem causar confusão com os nascidos na terra de Camões, tais como: moleque (canalha), pedestre (peão), meias (peúgas), ônibus (autocarro), faixa de pedestres (passadeira), cafezinho (bica), entre tantos outros.
Essas diferenças podem gerar situações inusitadas e que precisam fazer parte dos treinamentos e simulações, pois é possível que torcedores, ou mesmo delegações, de culturas distintas compartilhem dos mesmos espaços em hotéis e restaurantes.
Cuidados como estes causarão impacto na percepção destes clientes e os motivarão a voltar em outras oportunidades. Assim, temas como trabalho em equipe, comunicação clara e eficaz, postura vendedora e atitude dos profissionais de serviços devem ser trabalhados para preparar as equipes e colher frutos que durem muito além do tempo do evento.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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