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Turismo pouco aquecido em Manaus

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Os segmentos de turismo, hotelaria e serviços preveem alta em suas demandas nos próximos três meses, causando abertura de novos postos de trabalho. E os gols a favor vêm dos jogos da Copa que, este ano, terá Manaus como uma das cidades-sede.
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) estima que a Copa do Mundo deva gerar 47,9 mil vagas de trabalho no setor de turismo nos 12 Estados sede da competição, entre os meses de abril e junho deste ano. Os números são baseados no fluxo de 3,6 milhões de turistas que deverão circular pelo país durante a competição, de 12 de junho a 13 de julho.
Para a CNC, mesmo com o número de postos de trabalho sendo 60% superior ao do mesmo período do ano passado (29,5 mil), grande parte dessas vagas deverá ser temporária, sendo natural que após o campeonato, haja um enxugamento dessas contratações. O setor de alimentação responderá pela maior parte da geração de postos de trabalho. Cerca de 20 mil vagas, ou 33,5% do total, deverão ser criadas por bares e restaurantes, que são o principal segmento turístico, segundo a confederação.
Mas para Manaus os números não são tão expressivos quanto os da média nacional. Com exceção do setor de alimentos e bebidas, os outros citados na pesquisa da CNC (serviços culturais e recreativos, agências de viagens e transporte) tem como objetivo manter os quadros de funcionários e esperar receber os turistas com qualidade.

Efetivos x temporários
Em Manaus o setor de alimentos e bebidas é um dos segmentos que mais contratarão durante o período. O número de efetivados pode ser variável, comenta o vice-presidente da Abrasel-Am (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Amazonas), Mário Valle. “Sabemos que a Copa e seus efeitos são passageiros. O grande fluxo de turistas aumentará nossos desafios e estamos treinando novos garçons e bartenders. Estes provavelmente serão efetivados. Mas em outros postos mais avançados, como tradutores e atendentes bilíngues, as contratações serão mais para o período, por conta da chegada dos estrangeiros,” disse.
Os números oficiais de contratações para hotéis, pousadas e similares ainda estão sendo levantados, segundo a Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo). No entanto, de acordo com a Abih-AM (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas), não deve haver um expressivo aumento de postos de trabalho com a proximidade do mundial. “As contratações que deveriam acontecer, aconteceram. Os quadros atuais devem ser mantidos, até porque não se justificam os investimentos no setor para tão pouco tempo. A média de permanência será de 2,6 dias, 3,4 no máximo”, disse o presidente da Abih-AM, Roberto Bulbol.

Agências de viagens
Outro segmento que não pretende expandir os postos de trabalho é o das agências de viagens, que tem quadros estáveis e imutáveis e que assim irão se manter, explica a presidente da Abav-Am (Associação Brasileira de Agências de Viagens do Amazonas), Maria Helena Fonseca. “Em Manaus a maior parte das agências trabalha como emissiva, poucas são receptivas (recebem turistas), portanto não haveria justificativa para contratar mais, além do que, ainda não enxergamos números de turistas que gerariam essa demanda”, disse a presidente.

Números da CNC
De acordo com a CNC, os transportes de passageiros deverão abrir 14 mil vagas (29,2% do total), enquanto hotéis, pousadas e similares responderão por 12,3 mil novos postos de trabalho (25,7%). Outros setores gerarão menos vagas, como os serviços culturais e recreativos (3,8 mil) e agências de viagens (1,7 mil). Em termos de remuneração, as maiores ficarão com as agências de viagens (R$ 1.626). Em seguida, aparecem os transportes de passageiros (R$ 1.449), serviços culturais e recreativos (R$ 1.397), a alimentação (R$ 935) e hospedagem (R$ 900).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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