O dólar comercial foi negociado a R$ 1,926 para venda, alta de 2,06%, nas últimas operações de hoje. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado a R$ 2,050 (valor de venda), com acréscimo de 2,50%. O Banco Central entrou no mercado e adquiriu moeda a R$ 1,9258 (taxa de corte).
O Ibovespa, principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), operava em queda de 2,75%, aos 53.722 pontos, por volta das 16h30.
As notícias de novos problemas com créditos imobiliários do tipo “subprime” (de segunda linha) voltou a elevar a temperatura do mercado. O banco francês PNB Paribas anunciou o congelamento dos saques de três fundos por conta de dificuldades em mensurar perdas com esses créditos, reforçando as preocupações de que a crise no setor imobiliário americano possa ultrapassar as fronteiras dos EUA. O fato de bancos centrais anunciarem a disposição de injetar recursos no sistema financeiro teve o efeito colateral de aumentar o nervosismo de investidores e consequente, sua aversão ao risco.
Socorro financeiro
Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK, avalia que o socorro financeiro dos bancos centrais deve ser suficiente para conter a crise. “Os mercados estão operando perto dos picos e, depois de reavaliar a situação, devem corrigir os exageros. Isso se não houver mais nenhum fator negativo importante, especialmente ligado ao mercado imobiliário e ao de crédito”, afirma.
O mercado futuro de juros não passou incólume ao nervosismo dos negócios. O contrato para janeiro de 2008 projetou juro de 11,10%, contra 11,06% ontem. No contrato de janeiro de 2009 a taxa projetada avançou de 10,99% para 11,12%.