Pesquisar
Close this search box.

Tributo a Janis Joplin

https://www.jcam.com.br/PGC1_0601_017.bmp

Se viva estivesse, Janis Joplin completaria 72 anos de vida no próximo dia 19 e fica difícil dizer como estaria se comportando a vovó Joplin que, no auge da fama, na década de 1960, chegou a ser aclamada “Rainha do Rock and Roll”, com sua voz rouca e interpretações psicodélicas cujos temas giravam sempre em torno da dor e da perda.
Apesar dos 44 anos de sua morte, Janis Joplin jamais foi esquecida por fãs que, inclusive nem eram nascidos quando ela cantava Maybe, To love somebody, ou Piece of my heart. Uma amostra dessa reverência à cantora e compositora americana acontece no sábado (17), em Manaus, com a terceira edição do show especial “Janis – a celebração do aniversário de um mito”, organizada pelo músico e vocal da banda Illusion, Gustav Cervinka, e novamente acontecerá no Jack’n Blues.
“Em Manaus são organizados muitos especiais para os mais diversos artistas e estilos musicais, mas eu nunca tinha visto nada para a Janis, e eu pensei nisso quando estava bem perto do aniversário dela, então juntei a ideia ao momento e organizamos a primeira edição, que aconteceu naquele ano, exatamente no dia do aniversário dela, já com a Flávia Procópio interpretando as músicas”, recordou Gustav.
Janis Lyn Joplin nasceu em Port Arthur, em 19 de janeiro de 1943. Tendo vivido sua infância e adolescência ouvindo as grandes divas do jazz e do blues americanos como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, entre outras, Janis Joplin foi fortemente influenciada por elas, aproveitando-se da voz única que possuía, o que viria ser sua característica principal e marcante. Não há quem cante uma música de Janis que não queira imitar sua voz rouca.
Da mesma forma que as cantoras que a influenciaram, Janis Joplin atingiu a fama, e como muitas delas, conheceu o céu e o inferno, levada pelas drogas.
Na segunda metade da década de 1960, além de ser considerada a “Rainha do Rock and Roll”, Janis também levou o título de maior cantora não só de rock daqueles tempos, mas também de blues e de souls, como vocalista da banda Big Brother and the Holding Company. Com a fama, passou a seguir carreira solo, acompanhada pelas bandas Kozmic Blues e Full Tilt Boogie.
Nada de imitações
Em Manaus, a grande responsável em reviver Janis sem, porém, emprestar-lhe a rouquidão é Flávia Procópio. “Todas as edições do tributo tiveram a participação da Flávia, mas ela não imita Janis, apenas interpreta as canções. Quanto aos arranjos musicais, fazemos pouquíssimas alterações, para manter a originalidade das músicas”, explicou Gustav.
Em sua performance, Flávia será acompanhada pelos músicos Osias Torres (baixo), Tiago Guelfi (bateria) e Rodrigo Torres (guitarra). Fazendo o pré-show, a banda The Greens, formada por Anfremon D’Amazonas (vocais e guitarra), Israel Pinheiro (contrabaixo) Rodrigo Torres e Marcus Vinicius (guitarra). Fundada há apenas dois anos, a The Greens, tocando rock e blues, dá continuidade ao trabalho autoral iniciado com a banda SPH Rock and Roll.
Ao longo de sua curta carreira, Janis Joplin lançou quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol’Kosmic Blues Again Mama! (1969) e Pearl (1971) este último, póstumo. De todos eles, Flávia interpretará alguma música, mais de 20, durante o show. Quando morreu, em 4 de outubro de 1970, em Los Angeles, Joplin estava gravando seu quarto LP. Viciada em drogas e álcool, ela foi vítima de overdose de heroína, tornando-se a 11ª artista da música, e a primeira mulher, a integrar a lista dos 27 anos, aquela dos artistas que morreram com essa idade. Até agora já são 15 os integrantes da lista que começou com um brasileiro, em 1892, o compositor, regente e pianista Alexandre Levy e até agora está aguardando a próxima vítima, estacionada com outra cantora, Amy Winehouse, morta em 2011 também por overdose de drogas.
No dia 17, porém, o que vale é o tributo que será feito para esse grande mito da música mundial.

Evaldo Ferreira
[email protected]

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar