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Travada venda de milho da Conab no Amazonas

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O site da CONAB informa que no Amazonas tem 2,1 mil toneladas de milho em grão para atender os clientes do Programa Vendas em Balcão. Contudo, esse estoque está praticamente parado em decorrência do elevado preço que vem sendo praticado no Amazonas, o mais alto do Brasil. Enquanto isso, vários criadores rurais do Amazonas, do pequeno ao grande estão "quebrando", deixando a atividade. Tenho visto movimentos da FAEA, SEPROR e do deputado federal Alberto Neto tentando encontrar uma saída. Se tem mais alguém, é só me mostrar que divulgo nos meus artigos do JC e no blog Thomaz Rural. Os vereadores de Manaus, os parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas – ALEAM também precisam defender essa cadeia produtiva de ovos do Amazonas.

Não é só o polo de concentrado que vai desempregar com essa questão da alíquota, essa cadeia produtiva (de ovos e carnes de aves, ovinos, caprinos, bovinos, suínos, peixes) também emprega milhares de pessoas e produz alimentos básicos para a população. Com esse preço do milho milhares ficarão desempregados, não só os do polo de concentrados.  A preservação ambiental tem que andar colada com a nossa soberania e nossa segurança alimentar e nutricional.

Esse estoque de milho praticamente parado na CONAB/AM gera altos custos para a própria companhia, e impede novas remoções por falta de espaço.

É só checar a lista divulgada pela Conab para constatar que, em nosso estado, o preço do KG é de R$ 0,99. O mais alto do Brasil. Que absurdo!

Em Roraima, no mesmo programa, e com milho tendo a mesma origem (Mato Grosso), passando por Manaus, o preço é de R$ 0,84 kg.

Procurem encontrar a sigla MT, de Mato Grosso, entre os estados que operam o programa de Vendas em Balcão. Lógico que não vão encontrar. Hoje, os criadores rurais de lá não precisam desse programa. Estão acessando a venda de milho, via leilões, que o governo federal tá fazendo por lá. Além disso, estão desenvolvendo suas atividades em um estado grande produtor de grãos. Muito diferente do que acontece por aqui, onde questões ambientais estão travando os programas sustentáveis do setor primário. Isso mesmo! Travando programas sustentáveis.

Bolsonaro e Mourão, que recentemente assumiu o Conselho da Amazônia, se souberem que aqui em Manaus tem 2,1 mil toneladas de milho do estoque público praticamente paradas, com vários criadores quebrando, desempregando, e não estão comprando pelo alto preço praticado por um programa que tem no título do normativo a palavra "SOCIAL", certamente adotarão providências. E uma delas é conceder subsídio aos estados do Norte e Nordeste.

Eu não vou parar de mostrar a realidade, e apontar caminhos para solucionar, mas é preciso mais aliados para o nosso setor rural. Continuarei fazendo minha parte, meu dever.

Hoje, no Amazonas, esse programa de Vendas em Balcão está prestando um desserviço aos criadores rurais que precisam de milho.

*Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected] 

Thomaz Meirelles

Servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]
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