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Transações correntes têm maior déficit

O resultado negativo do saldo em transações correntes (todas as transações do Brasil com o exterior) em fevereiro (US$ 2,090 bilhões) e no primeiro bimestre (US$ 6.322 bilhões) do ano foi o mais elevado do período desde o início da série histórica, em 1947. Para o mês de fevereiro, a projeção do Banco Central era de US$ 1.7 bilhão.
Para este mês, a expectativa do BC é fechar com déficit em transações correntes de US$ 3 bilhões. No ano, a projeção para o déficit em transações correntes passou de US$ 3.5 bilhões para US$ 12 bilhões.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o resultado do acumulado do ano é explicado pelo crescimento das importações. “As importações vieram em ritmo mais forte do que prevíamos’’.
Para o ano, o Banco Cen-tral revisou a projeção para o saldo da balança comercial de US$ 30 bilhões para US$ 27 bilhões, com importações de US$ 155 bilhões e exportações de US$ 182 bilhões. O BC também revisou a projeção para as viagens internacionais, que deve apresentar saldo negativo de US$ 4 bilhões, influenciado pela queda do dólar e maior renda dos brasileiros, segundo Lopes. Esse saldo é formado pelo gasto de brasileiros em viagens ao exterior e de estrangeiros no país. A estimativa anterior era de US$ 3.5 bilhões de saldo negativo.
No caso das transferências unilaterais, a projeção passou de US$ 4.2 bilhões para US$ 3.8 bilhões de saldo positivo. Segundo Lopes, essa alteração “reflete a piora dos fluxos provenientes dos EUA’’. Os Es-tados Unidos respondem por 45% do que vem para o país por meio das transferências unilaterais, seguido pelo Japão, com 25%, e demais países, com 30%.
Lopes afirmou que o déficit em transações correntes é coberto pelos investimentos estrangeiros diretos no país. Entretanto, no bimestre e em fevereiro esses investimentos foram inferiores ao déficit em transações correntes e ficaram em US$ 5.704 bilhões e em US$ 890 milhões, respectivamente.
Segundo Lopes, o resultado não é preocupante, uma vez que a expectativa é de que, durante o ano, o déficit seja coberto “com tranquilidade”. De acordo com Lopes, o investimento estrangeiro direto é pouco influenciado pela crise externa, já que os investidores observam a estabilidade econômica do país. Segundo o relatório, a projeção para investimentos estrangeiros diretos passou de US$ 28 bilhões para US$ 32 bilhões Até hoje, o investimento estrangeiro direto no país está em US$ 2.3 bilhões. O investimento de empresas brasileiras no exterior está em US$ 1.2 bilhão.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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