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Trabalho temporário salva ano para o emprego

Demissões, contratos suspensos, férias coletivas, redução de quadro de colaboradores estão entre os efeitos que o mercado de trabalho no Brasil vem sentindo ao longo da pandemia de Covid -19. Nessa perspectiva, a modalidade de contratação temporária surge como um alento para os profissionais e para as empresas dentro de um cenário de incertezas. 

O setor tem muito a comemorar e às vésperas do dia 1º de maio, data em que é celebrado o Dia do Trabalho, a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) reforça sobre a importância do modelo e o papel na geração de vagas formais e no combate ao desemprego, além de ajudar as empresas a atenderem suas demandas de mercado por meio da Lei Federal 6.019/74 e do Decreto nº 10.060/2019, visto que ela tem tido um importante papel.

De acordo com o presidente da entidade, Marcos de Abreu, a contratação temporária sempre esteve à disposição das empresas brasileiras para atender às necessidades de substituição transitória de pessoal permanente ou para demanda complementar de trabalho de forma rápida, eficaz e segura. 

E destaca que a insegurança gerada pela pandemia fez com que as empresas se apoiassem ainda mais no Trabalho Temporário para garantir maior flexibilidade de gestão e, assim, conseguirem se manter no mercado. “O que reflete em resultados surpreendentes de geração de vagas temporárias, mês a mês. O Trabalho Temporário vem ganhando força não só no Brasil, mas também em outros países. É um fenômeno mundial”, afirma Abreu.

Os índices do modelo de contratação temporária superam as expectativas e apontam uma crescente ao longo dos anos. No 1º trimestre deste ano, por exemplo, a modalidade foi responsável por gerar 833.380 vagas temporárias no país, um aumento de 29,30% com relação a 2020 (644.500 vagas). Deste total nos meses de janeiro, fevereiro e março, mais de 183 mil foram convertidas em empregos permanentes. “Os números impressionam e devem ser celebrados, pois significam que mais de 183 mil pessoas deixaram a condição de desempregados”, reforça o presidente da associação.

Norte acompanha índices nacionais 

O Norte tem acompanhado os índices nacionais, que no 1º trimestre de 2021 gerou 833.380 vagas temporárias no país, um aumento de 29,30% com relação a 2020 (644.500 vagas). O Amazonas continua forte nas contratações para o setor da Indústria, e em seguida, o Comércio, de forma a dar vazão à produção.

Segundo, Cilene Campelo, diretora regional da Asserttem, o aumento da demanda é o principal motivo de contratações temporárias e acredita que a geração de vagas para o 1º semestre deste ano seguirá em alta, apresentando-se como modalidade de contratação que preserva os direitos dos trabalhadores, além de um importante instrumento de acompanhamento das oscilações da economia, para o empresariado.

Ela enfatiza que o trabalho temporário é uma modalidade de contratação eficaz, rápida e segura. “As empresas de trabalho temporário precisam ser certificadas pelo Ministério da Economia para colocar trabalhadores à disposição de seus clientes, e visam atender a duas necessidades: substituição de pessoal permanente (férias, licença maternidade, afastamentos por saúde, etc.) ou demanda complementar de trabalho.  Possui limite de 180 dias e pode ser prorrogado por mais 90 dias, se a justificativa que ensejou a contratação, se mantiver”. 

Para o trabalhador, é uma oportunidade ímpar de se recolocar no mercado, já que a empresa cliente possui a possibilidade de contratá-lo para seu quadro efetivo a qualquer momento, além de que a remuneração do temporário é equivalente a dos empregados efetivos da mesma categoria da utilizadora, com direito a férias proporcionais, FGTS, seguro de acidente do trabalho, os benefícios da Previdência Social e anotação de sua condição de trabalhador temporário na Carteira de Trabalho Digital.

Para ela, o modelo de contratação é uma adequação dos novos tempos, impulsionando e ganhando força na geração de vagas formais no Brasil e combate ao desemprego, e não só aqui, mas em outros países também. “Além da importância desta modalidade de contratação frente às necessidades atuais (pandemia), o trabalho temporário comprovou possuir um papel de destaque nas demandas de mercado, e por isso, veio para ficar”.

A região Norte tem avançado na abertura de vagas, mês a mês, e o Dia das Mães sempre foi uma data importante para o comércio e no aumento de abertura de posições temporárias.

Outros números 

De acordo com a Associação, 65% das contratações temporárias deste 1º trimestre foram impulsionadas pela Indústria, seguido de 25% do setor de Serviços e 10% do Comércio. Já as áreas que mais contrataram são Saúde, Produção, Logística, Administrativo, Alimentícia, Atendimento, Construção Civil, Metalúrgica, Embalagem, Agronegócio e Tecnologia.

Em recente pesquisa realizada pela entidade com as agências associadas, 93% delas afirmam que o aumento da demanda é o principal motivo da geração de vagas temporárias entre janeiro e março de 2021. Além disso, 86,2% das agências acreditam que as contratações temporárias seguirão em alta no 1º semestre deste ano.

“O Trabalho Temporário é um termômetro da atividade econômica no país e veio para ficar. É uma adequação dos novos tempos, muito além da pandemia e das inseguranças que ela gera”, diz Abreu. “E as empresas enxergam que a modalidade é uma excelente opção formal de contratação, que preserva os direitos dos trabalhadores e ainda confere flexibilidade de gestão para acompanharem as oscilações da economia”, conclui o presidente da entidade, Marcos de Abreu.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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