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Trabalho temporário ganha força no fim de ano

Trabalho temporário ganha força no fim de ano

Ao mesmo tempo que as contratações temporárias ganharam força ao longo deste ano, a modalidade foi a grande propulsora de oportunidade para a efetivação de 77 mil profissionais nos meses de setembro e outubro. Dados da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), indicam uma taxa média de efetivação de temporários de 22%. Os efeitos positivos num ano de pandemia, refletem ainda na prorrogação dos contratos temporários na Indústria que tiveram aumento de 18%.

Olegário Borges, CEO do Grupo Hunt, empresa de recrutamento e seleção, analisa  que é muito comum no segundo semestre a partir do mês de agosto a mão de obra temporária ganhar força na indústria. Porque é época de produção para o Natal e de uns anos para cá também para a Black Friday que tem demandado muito da produção industrial. “A mão de obra temporária têm os encargos  menores. Como é um período de contratação de até nove meses não existe multa rescisória o que reduz os encargos. Hoje, os encargos nesta modalidade giram em torno de 55%, já numa contratação efetiva em torno de 80%. É uma diferença significativa, é uma modalidade que só pode ser contratada por conta de sazonalidade e a maior sempre é no segundo semestre”. 

Ele diz que observou que a contratação na modalidade aumentou desde julho e que entre os fatores para os resultados foi que depois do período mais crítico da Covid 19, no mês de junho, às empresas que estavam paradas começaram a retornar, aí em julho, já sentiu uma maior procura. “Foi algo que nos surpreendeu justamente porque não é comum tão cedo ter demanda, e também logo na sequência de um término de período crítico de lockdown aqui no Estado. Então, o que nos leva a pensar é que por conta da insegurança que tinha o mercado após a suspensão das atividades, as empresas contrataram sem saber se poderiam manter esses profissionais, então eles aumentaram essa demanda”.  

Em comparativo ao mesmo período do ano passado, o especialista diz que na empresa dele,  houve um acréscimo de 40% na modalidade de contratação, resultado considerado expressivo. “As empresas sentiram-se mais seguras ou menos receosos em contratar. Ninguém sabia se a pandemia estaria controlada, então havia em torno disso, uma insegurança para todos. A gente sabe a depende do Sul dos produtos que mais fabricamos aqui no Amazonas eles são escoados a grande maioria para o Sul e Sudeste e Nordeste então a gente dependeria da reação desse mercado”. 

O presidente da Asserttem, Marcos Abreu afirma que esse cenário otimista de efetivação, com um volume tão alto, não é detectado desde 2014.  E que nos meses de setembro e outubro foram geradas 351.600 vagas temporárias, o que representa mais de 77 mil trabalhadores efetivados.

Para ele, há um principal fator que tem impulsionado às efetivações: a facilidade. “Muitas empresas estão com seus quadros de pessoal reduzidos e enxergam na modalidade temporária uma excelente alternativa para atender suas demandas. E, quando esse temporário presta um bom trabalho, a empresa vê uma facilidade em sua efetivação, já que este está alinhado com sua função e as diretrizes da empresa”, comenta.

Dados

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em setembro, o Brasil registrou mais de 13,5 milhões de desempregados. Neste contexto, os trabalhadores devem ficar atentos às vagas temporárias disponíveis, pois estas são excelentes oportunidades de garantir renda e de conquistar uma eventual efetivação.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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