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Novos negócios ampliam oportunidades de trabalho temporário

Dezembro chegou e com ele a perspectiva de aquecimento nas vendas e abertura de vagas temporárias no varejo no final de ano. Essa movimentação já está acontecendo devido à abertura de novos negócios no Estado, além da necessidade de suprir a demanda  do segmento que acelera a campanha de contratações. Segundo a CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas), são esperadas a abertura de mais de 4 mil vagas no período. 

“Pelo número de empresas que inauguraram, que estamos conversando e que sabem que vão precisar contratar mais para atender mais rápido principalmente por causa da pandemia, essa temporada de contratações já está se confirmando”, afirma o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag.

Segundo ele, é possível observar o número de pessoas que já ocupam vagas no mercado, com a chegada de novas empresas. “Nós temos o sentimento muito rápido disso porque boa parte delas passaram por nossos treinamentos a pedido dos lojistas”. 

Se o cenário de pandemia se manter estável, é provável que os números superem os projetados pela entidade. “Caso não tenha  nenhuma mudança política governamental e no comportamento da Covid, mantendo os cuidados que a pandemia exige, vamos sim ter resultado maior ou igual que o previsto. O panorama será muito bom se permanecer da forma que está”. 

O presidente da CDL-Manaus enfatiza sobre a importância da qualificação da mão de obra local. Segundo ele, há grandes chances de empregabilidade para as pessoas qualificadas, que estejam preparadas e bem treinadas. Principalmente os funcionários que entendem de informática ou  atendimento ao cliente. 

Ampliando seus quadros

Para o gerente de uma loja de confecção na região central da cidade, o avanço na vacinação tem dado mais segurança aos consumidores e encorajado a ida das famílias ao Centro. “Com o aumento desse fluxo de consumidores às lojas, há necessidade de reforçar a equipe de atendimento. As tradicionais contratações de Natal fazem-se presentes para atender a essa demanda”, afirma Diogo Oliveira. No fim de novembro cinco vagas temporárias foram preenchidas na loja que ele atua. 

Maria Luiza, proprietária de uma loja de bijuteria está entre a fatia de novos estabelecimentos abertos em Manaus. “Nos adiamos a nossa inauguração por causa da pandemia. Nossa estratégia durante esse período foi vender massivamente pelos nossos canais digitais. Há pouco mais de dois meses, conseguimos realizar o sonho da loja física, contratamos quatro funcionários, três atendentes e uma caixa”. 

Caso as vendas disparem nesta quinzena do mês, a ideia da empresária é contratar mais duas pessoas. “Estamos preparados para suprir a necessidade do mercado. Além disso, a imunização acelerada motiva as pessoas a fazerem as suas compras presenciais, o que deve aumentar nos próximos dias”.

De acordo com o levantamento realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a previsão é que cerca de 495 oportunidades serão ofertadas no Amazonas para suprir as necessidades de fim de ano nos supermercados. O segmento está entre os que dão apoio ao volume de contratações temporárias para o Natal. A entidade prevê que em 2021, as tradicionais oportunidades para o período cheguem a 1.216 vagas em vários segmentos.

“A nossa expectativa é ter um fim de ano positivo. O Natal é a melhor data do nosso calendário. O mercado de trabalho também já sinaliza um aumento dessas contratações. O comércio já viveu crises muito maiores e se recuperou é mais um momento de crise, mas esperamos que no fim de ano a gente possa festejar o crescimento mais robusto. A  nossa perspectiva é favoravel”, comenta o presidente em exercício da Fecomercio, Aderson Frota.

Por dentro

Este ano, a previsão da CNC é a maior para as contratações temporárias em 8 anos. A CNC prevê um quantitativo de 94,2 mil contratos temporários vagas em todo país. Em relação ao mesmo período do ano passado existe uma previsão de aumento de 3,8% nas vendas natalinas. Há também previsão de crescimento de 5,1% no salário médio ante mesma época do calendário anterior, e taxa de efetivação de 12,2% do total de vagas temporárias.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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