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Trabalho remoto ganha mais adesão agora na região norte

Divulgação

A região Norte é o local onde a política de home office concentrou o maior número de trabalhadores, em razão da pandemia do coronavírus. O panorama indica que 44% dos colaboradores trabalharam remotamente na última semana. No recorte local, no Amazonas, são 22%.

Os dados divulgados pela Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred, revelam ainda que  47% dos profissionais que estiveram em trabalho remoto são de organizações com mais de 500 funcionários, e os setores que se destacam na adesão da modalidade são os de serviços, especialmente de profissionais das áreas administrativas.

Na região Norte, muitas empresas já contavam com uma política de home office, mas houve modificações diante do cenário de pandemia. Conforme a pesquisa 19% dos entrevistados  relataram que sua empresa não contava com uma política, mas que passou a adotar o sistema na última semana.

O método adotado em todo mundo surge como desafio para muitos profissionais que tentam se adequar à nova rotina. Sem retorno para as atividades presenciais, a modalidade  não estava nos planos da administradora Vera Oliveira, ao considerar que a adaptação tem sido difícil. “É a primeira vez que eu experimento esse tipo de trabalho. Mesmo porque não tenho costume de trazer trabalho para casa. Depois de um dia exaustivo na empresa eu tenho o hábito de chegar em casa e concentrar a minha atenção toda para a família. Mas está bem complicado conciliar a organização do trabalho em home com as atividades domésticas”. conta ela. 

Para o diretor-geral da Ticket, Felipe Gomes, o levantamento considerou os empregados que fazem parte da base de usuários da empresa e que utilizam o aplicativo em smartphones como uma forma de mostrar o cenário do trabalho remoto dos brasileiros na última semana. “No Norte, percebemos que boa parcela dos empregados trabalhou remotamente na última semana. Esse cenário que deve mudar nos próximos dias. Ainda no recorte local, chama a atenção o fato de que 16% dos que já estão em esquema de home office manifestaram o sentimento de proteção por estar em casa, algo muito positivo para a população que lida com um fato novo, que mobiliza o mundo inteiro".

A funcionária pública Camila D’Angelo, considera que a modalidade é uma alternativa válida para quem trabalha com determinado tipo de serviço e acha inviável o deslocamento para o presencial.

“Considero produtivo a depender da atividade relacionada. No judicial quem trabalha só com sistemas de minutas/gabinete, proferindo decisões e sentenças e só precisa usar um programa para realizar essas tarefas, é válido. Para quem desempenha trabalhos de secretaria e precisa utilizar de vários programas, sistemas e meios de comunicação, fica muito complicado, acho inviável”,  

Mas ela confessa que é fã do presencial. Por acreditar que pessoalmente muitas demandas são mais executáveis, a ajuda é mais palpável e há mais rapidez no desempenho trabalho em equipe. “Trabalho primordialmente com autos físicos, então trazer processos para casa, digitalizar, é extremamente desgastante e de difícil logística”. 

Sobre os desafios e obstáculos ela cita a adaptação em novos programas, a máquina pessoal que não atende às necessidades da forma que a disponibilizada pelo trabalho o faz, a internet que não é apropriada para o uso dos sistemas, a questão dos autos físicos que precisam ser levados pra casa, além das ligações que precisam ser feitas pelo telefone particular.

Ao salientar sobre as necessidades de adaptação das empresas a nova realidade  dirigente da Ticket salienta. "Sabemos da necessidade de as empresas adaptarem sua rotina para preservar o bem-estar de suas pessoas, equilibrando com o mínimo impacto em suas atividades neste período crítico. Aqui, na Ticket, vivenciamos na prática o quanto o home office pode ser produtivo, e percebemos agora o quanto se torna ainda mais relevante – e até estratégico – em um momento que demanda novos modelos de trabalho", finaliza 

Sobre o levantamento

A Pesquisa da marca entrevistou na última semana, 7 mil usuários de seus benefícios, como o Ticket Restaurante e o Ticket Alimentação, em todo o Brasil.

Para 29%, a empresa em que atuam não contava com uma política de home office, e não a adotou até o momento;  9% responderam que já contavam com um modelo de trabalho remoto, mas que não houve modificações em razão do coronavírus.

A pesquisa ainda revela outros dados relacionados à rotina, entre o quais, positivos, como: para 14%, há o desafio de uma nova forma de trabalho; 13% o fato de estar próximo da família; 10%, a flexibilidade de horário; 9% destacaram a vantagem de não ter de gastar tempo no deslocamento ao trabalho em transporte público; 9% o conforto; outros apontam a produtividade pessoal (7%); e a privacidade (6%).

Já entre os aspectos que os deixam insatisfeitos no trabalho a distância, estão: o fato de não contar com uma estrutura em casa para o trabalho remoto (22%); a distração durante o dia (20%); o distanciamento dos colegas (16%); e o isolamento (16%). Para 13%, é ruim por não terem tanta informação da empresa; 4% destacaram o baixo networking; e 4% disseram que estão trabalhando mais em casa do que quando estão na empresa.

As ferramentas mais utilizadas pelos empregados da Região Norte no trabalho remoto são: a troca de e-mails (22%); grupos do WhatsApp e aplicativos de conversa (20%); o notebook (12%); ferramentas existentes na empresa (12%); vídeochamadas e ligações pontuais (10%); reuniões diárias por videochamada (3%); telefone digital instalado no computador (2%); e, em alguns casos, não há um procedimento definido (10%).

Dos trabalhadores da região que estavam em esquema de home office na última semana, 31% são do Pará, seguidos de 29% de Rondônia. Do Tocantins 7%; Sendo 6%, de Roraima; 4%, do Amapá; e 1%, do Acre. Ainda no recorte local, para 35% deles a política de home office foi instituída para toda a organização na última semana; para 26% apenas para colaboradores diretos, outros 26% relatam que foi aplicada somente para pessoas consideradas do grupo de risco, 4%, para os casos de retorno de viagem, e 9% relatam outras questões.

O levantamento também mostra que 47% dos profissionais que estiveram em trabalho remoto são de organizações com mais de 500 funcionários, e os setores que se destacam na adesão da modalidade são os de serviços, especialmente de profissionais das áreas administrativas.

Dos trabalhadores que apontaram não estar trabalhando em home office, 42% são de empresas com mais de 500 funcionários; com destaque para o setor de serviços, entre eles, os essenciais, como segurança e limpeza, seguidos da área da saúde, como clínicas, hospitais e planos de saúde.

Nas respostas desses trabalhadores, ainda que não estejam trabalhando em casa, as empresas implementaram medidas em relação ao coronavírus. Entre elas, 28% revelaram receber informações sobre sintomas e dicas de prevenção; 25% destacaram reforços na limpeza geral; 11% falaram de reforços no canal interno de saúde; 10% relataram medidas como alteração de horários das equipes; 8% citaram o aumento da distância entre as pessoas no trabalho; e 13% destacaram o fato de não ter sido implementada nenhuma medida.

Fonte: Andreia Leite

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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