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Trabalhadores participam de manifestações contra a crise

No Dia Internacional Contra a Crise, comemorado nesta segunda-feira, 30, centrais sindicais do país promovem atos em 15 Estados para defender o emprego e pedir a queda dos juros. No Amazonas, a mobilização pretende reunir pelo menos 2.000 trabalhadores e tem como bandeira de reivindicação os reais benefícios do pacote anticrise à mão-de-obra local. A concentração é às 15 horas, na recém-inaugurada Praça Heliodoro Balbi, conhecida como Praça da Polícia, com marcha rumo à Praça da Matriz.
De acordo com o secretário de Formação do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, João Brandão, o ato pretende envolver trabalhadores em atuação no Polo Industrial de Manaus e também aqueles que foram desligados das empresas do parque fabril nos últimos meses. “Não adianta só cobrar: é preciso que eles (trabalhadores) estejam presentes na hora da manifestação e mostrem seu descontentamento com a atu­al situação”, afirmou.
Conforme o dirigente sindical, a eficácia do pacote adotado pelo governo, em consonância com os líderes empresariais, para conter os efeitos da crise econômica mundial, será questionada durante a mobilização. “Temos que avaliar se esses benefícios fiscais concedidos às empresas estão chegando ao trabalhador. A renúncia fiscal nesses três primeiros meses foi muito alta e algumas indústrias continuam demitindo”, disse, acrescentando que essa medida contraria a proposta de manutenção do emprego nas fábricas locais.
Nesse mesmo dia, a ­Central Sindical reúne-se com representantes do Governo do Amazonas, na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), para avaliar as medidas que serão adotadas após o encerramento do período de vigência do ‘pacote anticrise’, previsto para encerrar na terça, 31. “A expectativa do empresariado local e também dos trabalhadores é que ele (o pacote) seja reeditado”, assinalou.

Atos públicos

Além de Manaus, já estão confirmadas manifestações em Cuiabá, Belo Horizonte, Belém, Curitiba, Rio de Janeiro, João Pessoa, Maceió e Macapá, além de marchas em Salvador e Vitória. Outro grande ato está previsto em Brasília, onde uma passeata deve sair da frente do BC (Banco Central), passará pelos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Trabalho e terminará em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal). No Rio Grande do Sul, o evento será realizado na frente da fábrica da GM (General Motors) de Gravataí.
Mas, o carro-chefe das manifestações do Dia Internacional Contra a Crise, será em São Paulo, onde a Força Sindical espera reunir 10 mil trabalhadores numa passeata que sairá da frente da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista, e percorrerá cerca de três quilômetros até o edifício da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), na região central.
“Nós juntamos todo o movimento social, as centrais sindicais e os trabalhadores”, disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho. Segundo Paulinho, a questão da redução dos juros e do spread bancário (diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes) será enfatizada como forma de ajudar a estimular a concessão de crédito.
“Se conseguirmos resolver o crédito, 70% da crise estará resolvida”, estimou. Outra bandeira que será defendida na manifestação é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, com a manutenção dos salários. Ele espera que atos também sejam realizados nas cidades do interior do Brasil.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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