Para Chinaglia, há uma “tônica de escândalo” no noticiário recente sobre os gastos com os cartões corporativos – o que, segundo ele, “turva o debate sobre a importância do cartão como instrumento de transparência dos gastos públicos”. Ele ressaltou que os gastos são divulgados pelo Portal da Transparência, criado pelo governo Lula, e que antes era impossível para o cidadão acompanhar essas despesas, pois não havia nenhum instrumento de divulgação.
Chinaglia citou como exemplo de fiscalização o caso dos gastos na Câmara. Segundo ele, dos 3.520 servidores efetivos, apenas 13 têm autorização para efetuar pagamentos em viagens de serviço, com o uso de cheques, mediante apresentação de nota fiscal. Para isso, há uma conta específica, em nome do funcionário, com limite de R$ 4 mil. A despesa com o que não pode ser licitado é feita por meio de cheque e, além da vistoria do superior hierárquico, os gastos são submetidos a uma comissão de finanças e a uma auditoria permanente.
Votação do
orçamento
Na avaliação do presidente da Câmara, o atraso na votação do Orçamento de 2008, provocado pelo fim da CPMF, não trará prejuízos para a execução do Orçamento e o andamento dos projetos do Executivo. “Mais de 90% da execução não dependem de aprovação imediata, como os restos a pagar e os créditos extraordinários”, explicou Chinaglia.
Ele voltou a defender a manutenção das emendas parlamentares individuais ao Orçamento. “Elas são as digitais do parlamentar, a marca de seu trabalho em suas bases”, afirmou. Os cortes, segundo ele, não devem afetar essas emendas.