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Tomate puxa alta de alimentos no AM

Com alta de 7,13%, o preço do tomate foi o grande vilão da cesta básica no último mês de novembro em Manaus, de acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgada nesta terça-feira (9).

Segundo o levantamento, Em 12 meses, o preço do produto mantém a tendência de alta, com 9,02%. No acumulado de janeiro a novembro também houve subida de 4,12%. O Supervisor Técnico do Escritório Regional do Dieese no Amazonas, Inaldo Seixas, explica que os preços da hortaliça continuam sendo fortemente influenciados pela falta de água e as temperaturas elevadas comprometendo a produtividade em algumas regiões produtoras – como São Paulo.

“O preço do tomate é altamente volátil. O impacto grande no preço do tomate foi a falta de água. Grande parte da região produtora está tendo problemas com a estiagem prolongada. Com a diminuição da produção em no sudeste, os preços em Manaus também são afetados porque nós não consumimos somente a produção local, nós importamos uma boa parte do tomate”, explicou.

Outros itens que apresentaram alta de preços no mês passado foram a carne bovina (+2,83%), o arroz (+1,62%), pão (+0,83%) e óleo (+0,63%).
Influenciado por eles, o preço da cesta básica de Manaus, composta por 12 produtos, apresentou, em novembro, alta de 1,54% em relação ao mês de outubro, ficando em R$ 311,42. Este valor representa a terceira alta consecutiva e colocou a oitava a capital amazonense com a oitava cesta básica mais cara entre 18 capitais pesquisadas pelo Dieese.

Inaldo Seixas ressaltou ainda que, apesar dos sucessivos aumentos – e da previsão da alta também em dezembro –, a tendência é que a cesta básica de Manaus feche 2014 com o valor inferior ao registrado no primeiro mês do ano, que foi de R$ 323,22.

“São aumentos pequenos, mas constantes, o que não deixa de ser significativo. A expectativa para dezembro é de uma ligeira alta. De qualquer forma, hoje estamos com o custo da cesta básica menor do que aquele que começamos o ano”, prevê.

No mês anterior o conjunto de itens alimentícios essenciais custava R$ 306,69. Em novembro de 2013 a cesta básica custou R$ 307,39.

Por outro lado, depois de ter sido o produto com a maior alta no mês anterior (13,33%), o feijão foi o item que apresentou a maior diminuição em Manaus (-5,63%), acompanhando as reduções observadas na maioria das capitais onde o produto é pesquisado. A existência ainda, de altos estoques do grão, resultou em novas retrações do preço no varejo. Em 12 meses, a variação acumulada é de -31,65% e no ano de -28,34%.

Além do feijão a farinha também apresentou queda nos preços (-4,65%), seguida do açúcar (-3,66%), da manteiga (-2,68%), do leite (-,63%) e do café (-0,47%). Já a banana não teve seu preço alterado no mês analisado.

Cesta sobe em 12 capitais

Em novembro, houve aumento dos preços do conjunto de bens alimentícios essenciais em 12 das 18 cidades onde o DIEESE realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos.

As maiores altas foram registradas em Brasília (5,86%), Aracaju (3,82%), Goiânia (2,90%) e Campo Grande (2,52%). As reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-3,03%), Natal (-2,39%), Recife (-2,29%), Florianópolis (-1,86%), Salvador (-0,81%) e João Pessoa (-0,56%).
São Paulo foi a cidade onde foi apurado o maior valor para os produtos essenciais (R$ 347,96). O segundo maior custo foi observado em Florianópolis (R$ 346,61), seguido por Porto Alegre (R$ 342,62). Os menores valores médios para o conjunto de gêneros básicos foram verificados em Aracaju (R$ 241,72), Salvador (R$ 255,72) e Natal (R$ 258,93).

No acumulado de janeiro a novembro de 2014, 14 cidades apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (11,50%), Brasília (10,81%), Florianópolis (8,54%) e Goiânia (7,69%). As reduções foram verificadas em Natal (-5,28%), Salvador (-3,55%), Belo Horizonte (-0,86%) e Recife (-0,09%).

Em 12 meses, entre dezembro de 2013 e novembro último, 15 cidades tiveram variações positivas, com destaque para Florianópolis (17,07%), Goiânia (16,25%), Brasília (12,12%) e Aracaju (10,52%). As reduções aconteceram em Natal (-4,78%), Salvador (-1,62%) e Belo Horizonte (-0,41%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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