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Time Amazoncripz disputa na Liga Brasileira de Free Fire

Há dois meses o Amazoncripz, time amazonense de Free Fire, único da Região Norte, está na cidade de São Paulo disputando um lugar na elite da LBFF (Liga Brasileira de Free Fire). Dos 36 times inscritos, restam apenas doze disputando quatro vagas na repescagem.

“E já passamos por times absurdos”, comemorou Andryw Antony, presidente da Federação Amazonense de E-Sports e owner (dono) do Amazoncripz.

Mas, o que é o Free Fire e o que leva times a passar tanto tempo numa cidade disputando um campeonato?

Free Fire é um game do gênero Battle Royale (batalha real) disponível para download grátis em celulares Android e iPhone (iOS). Essa gratuidade é a responsável por tantos adolescentes terem acesso ao jogo em seus celulares. Quanto a participar de um campeonato, nesse caso, os quatro primeiros lugares ganham um contrato de R$ 104 mil da Garena, a proprietária do game, sediada em Singapura, além de surgir um leque de patrocinadores.

“O Brasil é o país que mais gera lucro com o Free Fire para a Garena, por isso eles investem tanto nos jogadores, aqui. Qualquer pessoa pode instalar o game no seu celular, por mais simples que seja. É um game popular. Já sofreu várias alterações, mas continua popular e de fácil acesso”, revelou Andryw.

Ainda de acordo com Andryw, o cenário de expansão do game, não só em Manaus, mas no Brasil inteiro, começou a aumentar durante a pandemia, quando os jovens ficaram em isolamento social.

“Foi um crescimento absurdo de praticantes do Free Fire, principalmente quanto eles viram que poderiam ser monetizados somente em fazer lives de seus jogos nas redes sociais. Hoje diversas plataformas monetizam quem posta lives de jogos. À medida que o jogador vai cumprindo as metas do jogo, ele vai sendo monetizado”, disse.

Mas não são só os jogadores que estão ganhando dinheiro com o game. Influenciadores, divulgadores de eventos e organizadores de torneios e campeonatos também estão faturando com essa onda, inclusive com contratos de exclusividade assinados.

Mais de 800 inscritos

Ano passado, no auge do isolamento social, Andryw organizou o torneio ‘Fique em casa jogando Free Fire’, que durou dois meses. 764 times de todo o Amazonas se inscreveram e mais de 8.000 players (jogadores) do resto do Brasil também participaram. Cada time tem em média 30 a 40 jogadores.

Atualmente 64 times estão federados à Federação Amazonense, e Andryw está estudando a possibilidade de abrir para outros jogos. O jovem, de 28 anos, não é mais apenas um jogador de games, mas um empreendedor. Todos os jogadores do Amazoncripz são contratados e recebem por isso.

“É como um time de futebol. Se outro time se interessar por algum dos meus jogadores, eu posso vendê-lo”, revelou.

“É como um time de futebol. Se outro time se interessar por algum dos meus jogadores, eu posso vendê-lo” – Foto: Divulgação

Integram o time dos players, em São Paulo: Salles (capitão), Dieln, Prozin, Maaster, Didi (rushs) e Apache (coach/técnico), além do vídeomaker, do staff, e Andryw, o owner.  

Recentemente Andryw abriu inscrição para quem quisesse integrar o Amazoncripz. Já são mais de 800 inscritos até agora.

“Vou organizar um torneio entre eles e o vencedor entra no Amazoncripz e ainda ganha como prêmio uma viagem para São Paulo, onde ficará hospedado numa game house (hospedagem dos players durante uma competição) e passará um dia inteiro se divertindo no Hopi Hari”, informou.

Sonho é a Série A

Andreyw fundou a Federação Amazonense de E-Sports, junto com Leandro Andrade, em 10 de janeiro de 2020.

“O Amazoncripz, criado em 2019, só tem crescido nesse tempo, então começaram a surgir outros times inspirados nele, por isso resolvi fundar a Federação. O time tem mais de 10 mil seguidores no YouTube, e 153 mil no Instagram, além de um contrato de lives com a Booyah, plataforma de vídeos e transmissões ao vivo para gamers da Grena”, falou.

O time tem mais de 10 mil seguidores no YouTube, e 153 mil no Instagram – Foto: Divulgação

Em abril deste ano, o Amazoncripz participava da final da segunda divisão da LBFF quando ocorreu um apagão de energia elétrica na cidade, na hora da competição, e os players foram prejudicados. Na ocasião, o time estava entre os favoritos para uma vaga na Série A da competição. Devido à repercussão local, nacional e até internacional do fato, através de várias pessoas ligadas ao cenário gamer, o time conseguiu ajuda do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus, mais amigos, e alugou uma game house, em São Paulo, para estar in loco na competição. Os rapazes desembarcaram em São Paulo no dia 31 de maio, e estão lá desde então. Neste sábado, 31, o Amazoncripz participa de uma repescagem que pode levá-lo à Série A da LBFF.

Alcançando o objetivo de subir para a elite da Liga Brasileira de Free Fire, Andryw pretende preparar o time para o cenário internacional.

“O objetivo é continuar  participando de campeonatos nacionais e internacionais e trazer todos esses troféus para o Amazonas”, afirmou.

O primeiro mundial de Free Fire aconteceu no Rio de Janeiro, em 2019, lotando o espaço onde é realizado o Rock’in Rio. O time do Corinthians foi o campeão. Andryw esteve lá como convidado e observador. O segundo mundial ocorreu há um mês, em Cingapura, sede da Garena.

“No próximo, pretendemos estar lá, competindo com o Amazoncripz”, finalizou.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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