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Tik Tok, nova rede popular entre a geração Z

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Você já ouviu falar no Tik Tok? Trata-se da quarta maior rede social do mundo em número de usuários, que permite a criação de vídeos curtos bem-humorados e de forma viral.

Cada vez mais popular no Brasil, a plataforma criada na China em 2016 e que já recebeu mais de 1,5 bilhão de downloads, não vem chamando a atenção somente dos usuários, mas também das empresas, que enxergam na ferramenta uma forma eficaz de conquistar e gerar uma maior aproximação e engajamento de seu público-alvo.

Mas será que essa rede social é recomendada para todos os tipos de empresas? De acordo com André Miceli, diretor-executivo da integradora de TI Infobase e coordenador do MBA de Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as empresas cujas atividades e produtos dialogam com os mais jovens são as que têm mais chances de êxito na promoção de ações na plataforma.

Segundo dados da Infobase, 41% dos usuários do Tik Tok possuem entre 16 e 24 anos, a chamada Geração Z. O app também conquistou os mais jovens pela facilidade operacional. Nele, os usuários podem postar vídeos de até 15 segundos, editá-los, adicionar trilhas sonoras, dublagens, memes, e, posteriormente, publicá-los na rede para seus seguidores.

“A ferramenta, interativa, possui diversos recursos de edição não disponíveis em outras redes sociais. Isso é um diferencial importante. Além do mais, os jovens se cansaram de redes como o Facebook, por exemplo, muito em função da entrada de pessoas mais velhas na plataforma”, diz Miceli.

Importância dos influencers

Foi justamente pensando nesse público jovem que a marca de chás Desinchá resolveu apostar no Tik Tok, ainda em abril de 2019. Hoje, a empresa já tem mais de 115 mil seguidores cadastrados na plataforma.

“Por meio desta rede social podemos alcançar usuários extremamente engajados e que possivelmente não atingiríamos com as demais mídias”, conta Eduardo Vanzak, sócio da Desinchá. “O principal diferencial desta plataforma é a oportunidade de dialogar com um público novo e que não é engajado em outras redes sociais.”

As empresas, de forma geral, costumam adotar diversas estratégias para aproximar-se do seu público-alvo. Uma delas é a parceria com os influenciadores digitais, ou “influencers”. Levantamento da Infobase mostra que 72% dos usuários do Tik Tok seguem algum influenciador. 

Como possuem milhares (ou até milhões) de seguidores, essas celebridades da plataforma são procuradas por grandes marcas para divulgarem seus produtos. “Esses influenciadores, no entanto, devem ter uma identificação com o público-alvo e o produto da empresa”, ressalta Miceli.

A Desinchá é uma das marcas que apostou no poder midiático dos influenciadores. Segundo Vanzak, todos os influencers parceiros possuem sinergia com a marca, além de valores e interesse pelos produtos da empresa. “Isso é fundamental para garantir a espontaneidade da ação e o sucesso das campanhas.”

Além dos influenciadores, as marcas com os melhores resultados no Tik Tok costumam publicar os materiais produzidos organicamente pelos usuários da plataforma, incentivando o compartilhamento e a interação com os seus produtos. Os desafios, que podem ser viralizados por meio de hashtags e músicas, também são bastante utilizados.

Uma característica do Tik Tok é a pluralidade de empresas dos mais diferentes ramos de atividades que resolveram criar perfis na plataforma. Entre elas estão marcas como Guaraná, Corinthians, Apple Music e até mesmo o tradicional jornal americano The Washington Post, que, assim como as demais marcas, também adota a informalidade e o humor dentro da rede social.

Espontaneidade

O processo de produção de vídeos para a plataforma busca sempre a espontaneidade. Os conteúdos mais viralizados, tanto próprios, de usuários, quanto dos influenciadores mais populares, são caseiros. As produções devem ser gravadas e posteriormente editadas com os recursos disponíveis no próprio app. Nada de superprodução.

A ideia é mostrar a marca da forma mais natural e autêntica possível, muito em função da indiferença dos jovens com anúncios encenados e muito propagandísticos. Assim, postagens com materiais que chamam a atenção dos usuários conseguem alto engajamento, enquanto peças meramente publicitárias geralmente não apresentam o mesmo efeito.

Tem futuro?

O Brasil, segundo Miceli, continuará sendo um mercado importante para o Tik Tok. A população, além de usuária assídua de redes sociais, está cada vez mais conectada na internet, principalmente com a popularização dos smartphones.

“Toda rede social que focou em nichos obteve crescimento. Foi assim com o Linkedin e sua abordagem corporativa. E também será assim com o Tik Tok e seu foco nos jovens e nos vídeos curtos e divertidos”, conclui.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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