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The Endless River – Pink Floyd

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De vez em quando, mesmo nos dias atuais, com as informações sendo compartilhadas e processadas a cada segundo nesse nosso mundo globalizado, somos surpreendidos com alguma notícia inusitada que nos deixa totalmente desconcertados, seja pelo ineditismo, relevância ou circunstância da mesma. Eis que em pleno século 21, no ano de 2014, chega a notícia que o lendário e mítico Pink Floyd lançaria um novo álbum em novembro.

Desde 1994 com o lançamento de “The Division Bell”, o Pink Floyd não lançava nada de novo, e já meio que era considerado como uma banda que não mais existia, principalmente depois da morte do tecladista Richard Wright em 2008, nos últimos tempos existindo apenas para lançar e relançar os mesmo álbuns de sempre ou reedições de luxo com material de arquivo. Para muitos o “canto do cisne” da banda enquanto banda mesmo foi a apresentação no Live 8 no Hyde Park de Londres em julho de 2005, com a presença de Roger Waters.

Mesmo com certos setores da imprensa especulando sempre se Roger Waters voltaria para banda e etc, o assunto já era dado como encerrado e ignorado tanto para David Guilmour quanto para Nick Mason, os remanescentes vivos da banda. Então num movimento inesperado os dois músicos anunciaram o lançamento desse “novo” álbum “Endless Rivers”.

Usando como base material que a banda deixou de fora das sessões de gravação do álbum “The Division Bell”, sendo em sua maioria de “jams” instrumentais, e que se encaixava muito no estilo de ambient music, na época chegou-se a ser cogitado o lançamento desse material com o título de “The Big Spliff”, mas nada aconteceu até agora quando Guilmour e Mason voltaram a trabalhar nele compondo novas partes e acrescentando elas ao material já gravado.
“Endless Rivers” é dividido em quatro suítes, como quatro lados de um vinil duplo, sendo que apenas uma música, a faixa “Louder than Words” tem letra e é cantada por David Guilmour, as demais são instrumentais. Ao escutar várias vezes o CD acabamos reconhecendo ecos da fase 1969-1974 do Pink Floyd, inclusive há uma faixa “Autumn ’68” composta e tocada por Richard Wright, que foi gravada no órgão de tubos do Royal Albert Hall’s em 1969. “Endless Rivers” também conta com a participação especial do físico Stephen Hawking na faixa “Talkin’ Hawkin'” onde foi usado um sampler com a sua voz.

Ao ouvir o CD sentimos que a presença de Richard Wright está bem evidente, tanto nos teclados como na sua musicalidade, Guilmour e Manson declararam em entrevistas que “Endless Rivers” é uma homenagem à memória e a música de Richard Wright, e que esse também é o ultimo álbum da banda, olhando dessa forma “Endless Rivers” chega a ser uma despedida tardia com um certo gosto de “podia ser melhor”, mas vamos contar com essa intenção e não como mais um produto “caça-níquel”.
Não escute esse álbum tentando encontrar algo de novo, apenas escute-o sem compromisso nenhum, só assim você vai conseguir absorver a música ali presente, mesmo que ela lembre tal passagem do “The Dark Side of The Moon” ou do “Ummagumma”, ou do “Atom Heart Mother”, o que vai valer a pena no final é poder ter mais uma chance de escutar a música da banda.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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