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Textos & Economia – Lixo tecnológico é aliado da poluição

A compreensão de que o a Terra deve ser vista com uma visão holística e os pressupostos da teoria do caos, segundo a qual um farfalhar de folhas na América Latina pode levar a um furacão na Ásia, começou a ser desenvolvida para valer a partir da década de 60 do século passado e levou algum tempo para conscientizar a humanidade de que recursos como água, petróleo, terras cultiváveis, entre outros, têm prazo de validade e, em algum momento não muito longe, podem acabar ou, ao menos, se tornarem muito escassos com as conseqüências negativas que daí podem vir.
A questão do aquecimento global e as medidas para torná-lo menos grave contam com iniciativas sérias voltadas para combatê-lo desde 1992, quando foi realizada a conferência ambiental do Rio de Janeiro. Nem por isto potências econômicas como os Estados Unidos aderiram ao Protocolo de Kioto, que visa a reduzir substancialmente as emissões dos gases de efeito estufa na atmosfera terrestre.
A responsabilidade é de todos e programas como o implementado pela rede de super e hipermercados Pão de Açúcar têm todo o mérito de contribuir para o bem-estar do planeta e da população, por tabela, última beneficiada deste tipo de ação. A rede supermercadista está montando postos em Brasília destinados ao recolhimento de baterias, óleo de cozinha usado em frituras para lhes dar destinação menos danosa ao meio ambiente.
O lixo tecnológico, que engloba além dos listados acima, outros como eletrodomésticos, equipamentos de informática, móveis descartados nos cursos d’água e lixões, pilhas, sacos e sacolas plásticos, isopor e papelão utilizados em embalagens já infestam os grandes centros brasileiros, a exemplo do que aconteceu nas áreas urbanas da Europa e dos EUA e necessitam de que as políticas ambientais existentes sejam aplicadas e a fiscalização mais rígida garanta esta aplicação.
Recicláveis como metais, e alumínio em particular, vidros e papel, entre outros, deveriam ter sua coleta seletiva já implementada pelo menos nas capitais brasileiras, a fim de oferecer renda para os menos favorecidos e reduzir o potencial de poluição inerente a seu uso pelo sociedade.
Ações como a do Pão de Açúcar, que teve início nas cidades de São Paulo e Goiânia e chega agora a Brasília, têm implicações benéficas para a conservação do planeta na medida em que, ao dar o exemplo e retirar de circulação na forma apropriada, bens que de outro modo seriam responsáveis pela poluição ambiental, a rede garante alguma renda para setores da população hoje sem recursos, além de influenciar o comportamento de sua clientela, por sua vez com grande poder de replicar este comportamento responsável para outros segmentos populacionais criando um círculo virtuoso que, em última instância, ao transformar o óleo de cozinha usado em biodiesel, por exemplo, concorrem para diminuir a demanda pelos recursos do planeta, mesmo aqueles renováveis, como neste caso.
A reutilização de materiais recicláveis é prática em uso nos países centrais e tem tudo para dar certo ao contar com o exemplo do Pão de Açúcar que não implementou esta ação só para ser bonzinho.
Entre as ações de responsabilidade ambiental da organização não deixa de estar embutido o envolvimento da veia de negócios ao oferecer sacolas retornáveis para seus clientes a preços que vão do módico até os mais altos para quem faz questão de usar uma sacola retornável com o design assinado por ninguém menos que Isabela Capeto. Num mercado como o de Brasília, as sacolas retornáveis têm tudo para não dar conta da demanda, mesmo ao preço de R$ 49,90.

Novos pecados capitais
A Santa Sé, que desde há muito combate os excessos ao formular proibições e orientações para o universo católico, tem um papel educador embora para alguns mais críticos, cerceie um pouco o livre arbítrio de seus fiéis, no entanto, estes só abraçam a fé católico-cristã por livre vontade, daí têm a obrigação, pelo menos em tese, de cumprir os dogmas dela emanados. Neste sentido a Igreja Católica já especifi

Eustáquio Libório

Jornalista
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