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Textos & Economia – Globalização chega devagar

As empresas brasileiras têm aumentado suas investidas nos mercados globais e a tendência, ao mesmo tempo em que busca assegurar novos mercados às organizações nacionais (ou nem tanto) em outros países, coloca o capital local em evidência ao incorporar multinacionais e mesmo transnacionais de regiões e países desenvolvidos.
No ranking montado na última edição da revista América Economia, número 356, embora o Brasil só apareça a partir do terceiro lugar com a inclusão da empreiteira Odebrecht, que tem índice de globalização estimado em 71% pela publicação, pois seus negócios estão presentes em 19 países e mantém operações em atividades que vão da construção de estradas, passando por centrais nucleares assim como plataformas de petróleo, o país conseguiu emplacar 19 organizações nativas no ranking que lista as 50 maiores multilatinas.
Nos dois primeiros lugares estão a mexicana Cemex, com índice de globalização de 77,3%, com operações na produção, distribuição e comercialização de cimento a liderar a lista preparada pela América Economia, secundada pela Argentina Techint, com índice de 75,8% e cuja participação das vendas no exterior atinge 62,5% do total, além de manter 33.400 postos de trabalho em outros países. Em relação aos investimentos, a Techint direcionou às operações externas 63% das disponibilidades de seus recursos neste setor. Uma das explicações para que a Odebrecht esteja no terceiro lugar na lista montada para América Latina é o fato de que, do total de seus investimentos, foram alocados para o exterior o equivalente a 15%, enquanto 85% se destinaram às operações no país, apesar de suas vendas externas responderem por 76,7% do total, ao mesmo tempo em que a companhia mantém 26,9 colaboradores no exterior.
A Vale do Rio Doce, que adquiriu 86,5% da canadense Inco em 2006, por US$ 14.9 bilhões, ocupa a quarta posição e está presente em 46 países, com índice de globalização de 60,6% e vendas externas correspondentes a 84% do total, além de empregar 12 mil funcionários no exterior.
A Petrobras ficou na 15ª posição com índice de 38,2%, atrás da Embraer (8ª colocada) que tem 48% de índice de globalização.
Entre as constatações da pesquisa para determinar as empresas mais globalizadas do continente latino-americano está a falta de definição, desde o início de suas operações, como empresas globais, fato a concorrer para situar as organizações da América Latina na retaguarda das companhias mais globalizadas do mundo.

Multiplicação dos recursos
Os congressistas finalmente aprovaram, na segunda quinzena de março, o Orçamento da União para o exercício de 2008 e fizeram, de repente, o inesperado: apesar de toda a choradeira acerca da redução das verbas com o bem-vindo extermínio da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no ano passado, a versão B do orçamento foi aprovada com a expansão de pelo menos 30% dos recursos destinados aos investimentos.
A vigilância para detectar e tirar do orçamento expedientes viciados como o controverso Anexo de Metas, onde estavam consignados R$ 534 milhões destinados a atender emendas orçamentárias propostas pelos parlamentares aliados do governo, parece ter concorrido para dar novo direcionamento aos recursos dos quais o governo dispõe para promover os serviços demandados pela sociedade.
Entre os parâmetros utilizados para definir o Orçamento Geral da União para 2008 está a estimativa de que o PIB (Produto Interno Bruto) atinja o valor de R$ 2,81 trilhões, com crescimento de 5%, para uma inflação de 4,2%, expectativa de que o dólar não ultrapasse a faixa de R$ 1,80, assim como o barril do petróleo se mantenha na faixa dos US$ 90.
Enquanto a expansão do PIB e a inflação estão na fase de evolução e são, em princípio, metas passíveis de ser atingidas, o mesmo não se pode dizer do câmbio, já que a moeda norte-americana tem se mantido na faixa de R$ 1,60 e deve continuar por aí ou até mesmo cair ainda a mais tanto no Brasil quanto nos mercados internacionais, com o r

Eustáquio Libório

Jornalista
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