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Terceirização tem alta de 13,9%

A evolução da mão de obra terceirizada entre as indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus) assegurou 4,9 mil postos de trabalho e foi responsável pela produtividade de 11, 7 milhões de quilograma líquido de partes e peças para aparelhos eletro (injeção plástica) que ficou primeiro em lugar no ranking de insumos produzidos em janeiro deste ano.
O crescimento no uso de mão de obra terceirizada foi de 13,9% na comparação entre os 4.919 trabalhadores terceirizados em janeiro de 2013 e os 4.320 registrados no mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Suframa nos Indicadores de Desempenho do PIM.
De acordo com o economista Francisco Mourão Junior, apesar de muitos gestores e empresas terem ressalvas sobre a terceirização, esse estilo de parceria vale a pena e pode ajudar a oferecer mais soluções e de forma mais ágil.
“Terceirizar a mão de obra é uma boa alternativa durante os picos de produção muito comuns no polo industrial. E, ainda continua sendo uma boa saída para o empregador e para o funcionário a curto, médio e longo prazo dependendo do desempenho de cada um”, avalia Mourão.
Segundo o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco a modalidade de terceirização serve para reduzir o volume de investimento do empresário no produto final. Além de oferecer novas oportunidades como a criação do segmento componentista, ao transformar empregado em empregador especialista e parceiro na produção de bem final, criando mais oportunidades de geração de emprego e renda na indústria local.
“A vantagem da terceirização de etapas pelas indústrias reside na opção de conter a depreciação fabril ao abrir novas oportunidades como concentrar investimentos e manter empregos. É uma opção que está disponível para os empresários visionários. O mundo todo caminha nessa direção é um momento cíclico, já aconteceu na década de 1990 e hoje retorna com força”, afirma Périco.
Entre os 23 componentes utilizados como insumos pelas indústrias de bem final no PIM, em janeiro, podemos destacar os cinco primeiros colocados no ranking de produção terceirizada: 11.739.557 kg/l de partes e peças para aparelhos eletro (injeção plástica); 11.081.673 kg/l de artigos de poliestireno expansível inclusive pré-forma pet para recipiente); 5.641.313 kg/l de preparações para elaboração de bebidas (concentrados e extratos); 5.359.275 kg/l de partes e peças e acessórios para duas rodas e 3.609.094 unidades de placas de circuito montada (exceto de uso em informática).

Exemplos de terceirização

A busca por soluções para os fabricantes de bens intermediários do setor de Duas Rodas no PIM, que passa pela discussão do Processo Produtivo Básico (PPB) do segmento, continua na Suframa.
Componentistas e representantes do setor aguardam por soluções no sentido de estabelecer aos fabricantes de bens finais um aumento na quantidade de insumos regionais diminuindo a concorrência desleal com insumos asiáticos.
O presidente da Associação de Fabricantes de Componentes do Amazonas (Aficam), Cristóvão Marques, espera que ao menos 60% dos insumos utilizados na produção de motos sejam adquiridos das empresas componentistas instaladas na cidade.
“O polo de duas rodas recebe incentivos fiscais, portanto é fundamental que grande parte das peças utilizadas na industrialização dos veículos seja adquirida das empresas do setor termoplástico do parque fabril manauense. Temos que parar com essa cultura de conceder benefícios a quem não nos ajuda a gerar emprego e renda”, frisou.

Dúvidas

Produzir dentro de casa ou contratar alguém? Essa dúvida é comum na maioria das empresas em todos os segmentos, segundo o consultor Eduardo Kruger. Se for terceirizar, procure um parceiro, não apenas um fornecedor. Procure uma empresa especializada e capacitada tecnicamente, mas que também possa apoiar estrategicamente a gestão da área em que atua, e que tenha conhecimento sobre o negócio da instituição.
“Um fornecedor cumpre o contrato, um parceiro vai ajudar a identificar oportunidades de mercado e sempre vai buscar a relação ganha-ganha”, explica Kruger.
Qualquer que seja o tamanho de sua empresa, não é bom negócio tentar reduzir custos exigindo que os trabalhadores envolvidos na atividade principal da empresa abram firma ou se associem as cooperativas de trabalho. Os especialistas garantem que não há forma legal para escapar de assinar a carteira de trabalho dos empregados e deixar de pagar férias, décimo terceiro salário e horas extras.
Apesar das várias vantagens, a terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão de terceirização pode acarretar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão de obra; a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdasfinanceiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas, segundo especialistas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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