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Tendências Econômicas

É muito mais fácil defender-se de um lobo quando ele veste-se como tal e comporta-se como tal.

Podemos fazer algumas analogias com o a Economia Global:

A China, por exemplo, não é muito dada a respeitar patentes, e sua principal arma de briga são os baixos custos que conseguem atingir. Todos sabem disso e ninguém é pego de surpresa.

A União Européia é claramente protecionista, principalmente com seus produtos agrícolas. E o faz abertamente, sem esconder suas ações e nem tentar fingir ser o que não é.
Já os Estados Unidos…

Eles gabam-se de ser uma das economias mais abertas do globo e grandes promotores do livre comércio em escala mundial. E eles têm lá seus méritos, já que suas tarifas alfandegárias são de um modo geral reduzidas e eles vêm apresentando consistente déficit comercial em suas relações com o resto do mundo.

Este lado cordeiro bonzinho tem uma outra face de lobo mau: A despeito de tarifas médias relativamente baixas, os Estados Unidos praticam um forte protecionismo seletivo, com a indústria e a agricultura americanas beneficiando-se de um verdadeiro arsenal de medidas que protegem seus setores mais ineficientes e atrasados tecnologicamente.

Hipocrisia Yankee

Ferindo acordos na OMC, na área siderúrgica, por exemplo, fornecedores brasileiros sofrem restrições contra exportações de aços laminados, ferro-ligas e minério de ferro, além de quotas tarifárias e tarifas adicionais em aços semi-acabados, acabados planos, barras a quente e a frio, flanges de carbono, barras e cabos inoxidáveis e fios inoxidáveis.

Na área agrícola, além de barreiras fitossanitárias, quotas e outras restrições em produtos de grande importância na pauta exportadora brasileira — tais como suco de laranja, fumo, açúcar e etanol, carnes e outros —, são crescentes os subsídios aos produtores americanos.

Além das barreiras “escancaradas” um fenômeno interessante é que o protecionismo americano foi buscar no “politicamente correto” um conjunto de pretextos para recobrar uma legitimidade que perdeu diante da própria opinião pública americana. Recentemente começaram a proliferar alegações que tal produto, de determinado país, deve ser sobretaxado por que foi feito mediante degradação do meio ambiente ou fabricado conforme “padrões trabalhistas”, ou de saúde pública, inferiores aos aceitáveis. Louvável atitude, se o interesse fosse genuinamente defender o meio ambiente ou coibir o trabalho infantil, por exemplo. O que não dá para esconder é a hipocrisia de se criar dificuldades para que produtores de países em desenvolvimento tenham dificuldades em contratar auditorias renomadas para obtenção de certificados e garantias internacionais que muito mais facilmente podem ser obtidas em solo Norte-Americano.

Império de Mentiras

Não é apenas no comércio mundial que os Estados Unidos fingem ser o que não são, ou simplesmente mentem para esconder suas ações poucos nobres, tomadas para defender interesses menos nobres ainda.

Esta semana um estudo foi divulgado no site do Center for Public Integrity (http://www.publicintegrity.org), que trabalhou conjuntamente com o Fund for Independence in Journalism, duas organizações de jornalismo sem fins lucrativos, que constataram que o presidente George W.

Bush e altos integrantes de seu governo emitiram centenas de declarações falsas sobre a ameaça que o Iraque representava para a segurança dos Estados Unidos na preparação para a guerra após os atentados terroristas de 2001. O estudo concluiu que as declarações “faziam parte de uma campanha orquestrada para efetivamente galvanizar a opinião pública e, no processo, levar a nação à guerra sob premissas definitivamente falsas”. O estudo contou 935 declarações falsas no período de dois anos. Elas foram encontradas em discursos, entrevistas e em outras situações. Bush e seus colaboradores atestaram em pelo menos 532 ocasiões que o Iraque tinha armas de destruição em massa ou estava tentando produzi-las ou obtê-las

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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