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Tempo bom para o setor de eventos

O cenário adverso para o setor de eventos parece ter ficado para trás. Com a temporada das grandes festas e shows na capital, a retomada do segmento apresenta excelentes resultados. A informação é da Asseaam (Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas) ao afirmar que a volta dos eventos presenciais atingem níveis pré-pandemia. 

Segundo o vice-presidente da Asseaam, Evandro Júnior, essa retomada chegou com força total e tem fomentando toda a cadeia produtiva do mercado. “Os grandes produtores voltaram a trabalhar, está dando muito certo. O público tem  ajudado muito, prestigiando as diversas realizações de eventos em diferentes nichos do mercado. Os grandes eventos, as casas de shows, enfim, nos mantemos otimistas e preparados para fortalecer o restabelecimento do setor”, comentou. 

Levantamento realizado pela Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos) aponta que, juntas, 52 áreas da cadeia produtiva registraram um crescimento de 8,8% na geração de vagas de trabalho em 2021, em relação ao ano anterior. 

O segmento de eventos de cultura e entretenimento começa a dar sinais de recuperação no país, após a longa crise provocada pela pandemia do coronavírus (Covid-19). De acordo com Radar Econômico, levantamento realizado pela Abrape com base em dados do Ministério do Trabalho e Previdência, o hub setorial que envolve 52 áreas da cadeia produtiva registrou um crescimento 8,8% na geração de empregos em 2021, em relação ao ano anterior. 

Para o representante do segmento no Amazonas, mais que impulsionar o mercado, a retomada possibilita a melhora no índice de endividamento que as empresas contraíram durante a pandemia. “O setor espera colocar as contas em dia. São vários profissionais endividados. Muita gente também saiu do mercado e migrou para outra atividade, o que evidenciou um impacto muito grande. Ao mesmo tempo, outros investidores entraram nesse mercado”. 

Diante de um cenário de crescimento, profissionais como operador de som, barman, DJs, produtores, entre outros, estão com as agendas lotadas devido a demanda. Conforme o vice-presidente da Asseaam, hoje, está mais difícil conseguir espaço na lista de programação destes profissionais. “A noite tem ajudado muito quem atua na área. Ao mesmo tempo, tem muita gente nova que está sem emprego, migrando para a nossa atividade”. 

Demanda latente

O especialista em produção de eventos, Hugo Vieira, que atende eventos corporativos, entretenimento e culturais disse que a demanda muda conforme o tipo de evento. A equipe está com a agenda fechada até o fim do ano. “É bem interessante porque além dos eventos que já estavam marcados, antes mesmo da pandemia, a nossa equipe precisou adequar a nossa agenda para os eventos pós-Covid, mas com tudo muito bem planejado e organizado”, garantiu ele. 

Com a agenda movimentada, inclusive pendente por parte de eventos fechados como formaturas e casamentos, o produtor musical Aurilio Júnior, da Sunset Consultoria e Eventos reforçou que além da tendência acumulada em relação aos eventos, ainda tem a demanda pela expectativa criada durante a pandemia, é um momento de euforia. “O que a gente tem hoje é uma oferta muito grande de eventos. O setor está aquecido após uma demanda retraída. Mas também perdemos muitos profissionais da área, ou seja, a demanda cresceu e estamos com ausência de profissionais e falta de equipamentos e de empresas atuantes no mercado”. Complementando, ele destacou que a empresa tem uma demanda de oferta de trabalho em Santarém cumprindo um evento e já retornam a Manaus para cumprir sua agenda de eventos. 

Vale lembrar que após uma pausa de dois anos, o segmento de eventos no Amazonas amargou enormes perdas em 2020 e parte do período do ano passado.  Dados da Asseeam apontaram que o faturamento do setor de entretenimento teve uma brusca redução, algo em torno de 60%, o que levou a um grande crescimento na taxa de 45% de desemprego registrado pelas empresas do segmento. 

Por dentro

Segundo a Abrape,  a expectativa é de que 590 mil eventos sejam realizados até o final deste ano, em todo país. 

 O hub setorial da cadeia do segmento de eventos de cultura e entretenimento no país envolve 6,2 milhões de pessoas, entre empregadores, empregados e MEIs (microempreendedores individuais). Representa um total de 647.828 empresas, 2.460.555 MEIs, que movimentam R$ 62,4 bilhões em massa salarial e R$ 41,9 bilhões em impostos federais. O faturamento é de R$ 334,2 bilhões (4,52% do PIB).

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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