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Telejogos levam tombo de 29,05% nas vendas

Aparentemente, a indústria de videogames não ficou imune à recessão que atingiu a economia interna. Mesmo tendo suportado melhor os maus ventos trazidos pela instabilidade econômica mundial, o segmento não resistiu e tomou um forte golpe no mês de julho ao registrar queda de 29,05% nas vendas, em comparação com igual período do ano passado.
Os dados foram divulgados pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), segundo a qual o setor teve ainda de amargar redução de 47,49% na produção durante o acumulado de janeiro a julho (40,69 mil unidades) no comparado a igual período de 2008, momento em que 77,49 mil brinquedos foram postos à disposição das grandes redes de varejo.
O nocaute virtual sofrido pelo setor em função do agravamento da crise no primeiro semestre, entretanto, parece prestes a terminar, já que no comparativo mensal, a produção industrial de julho (7.200 unidades) avançou 12,64% em relação a de junho, encerrada com 6,39 mil telejogos prontos. No entendimento do presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, o segmento de telejogos é muito sensível à concorrência sofrida com os importados, o que explica em parte o baixo volume fabril da indústria local. “Não bastasse concorrer com os asiáticos em preço, o setor ainda tem que sustentar uma carga tributária pouco atrativa e a falta de investimentos em novos softwares”, asseverou.

Revisão do PPB

Périco afirmou ainda que o segmento espera que a retomada de fôlego proposta na revisão do PPB (Processo Produtivo Básico) publicada no fim do primeiro semestre e consolidada com números positivos no cenário econômico de julho seja mantida até o fim do ano. “É importante tornar mais atrativa as políticas econômicas no polo industrial no sentido de agregar mais empresas ligadas ao segmento, atraindo investimentos da iniciativa privada para os eletroeletrônicos”, opinou.
O PPB dos telejogos aprovado no fim de junho pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), exige que a montagem e soldagem de todos os componentes nas placas de circuito impresso; montagem das partes elétricas e mecânicas -totalmente desagregadas em nível básico de componentes- e a integração das placas e das partes elétricas e mecânicas na formação do produto final, deverão ser realizadas na ZFM (Zona Franca de Manaus). O que mais atraiu os empresários foi a dispensa temporária da montagem de dispositivos de entrada de dados ou acionamento para controle de telejogos, também chamados joysticks.

Fabricantes aguardam melhora para o último trimestre

Embora tenha evitado comentar números oficiais, o presidente da Aitesam (Associação das Indústrias de Tecnologia e Softwares do Amazonas), Mauro Menezes Gurgel, considerou que a receita das empresas deve melhorar de fato somente no último trimestre do ano. Segundo o executivo, as vendas de aparelhos, jogos e componentes registraram até o momento queda de 14% entre janeiro e julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2008. “Para sair do vermelho, o faturamento da indústria de games tem de crescer, pelo menos, 11% entre agosto e dezembro deste ano, senão o novo PPB não terá adiantado muito”, considerou.
Gurgel lembrou que 2010 trará muitas novidades para o segmento, principalmente por conta da parceria  entre Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro), Abragames (Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) e Ministério da Cultura, que anunciou a nova versão do Edital de Jogos Eletrônicos –BRGames. “É muito importante estimular aqueles que trabalham com arte eletrônica e animação a produzirem demos jogáveis mais integrados à realidade brasileira, capazes de gerar um sentimento de pertencimento à cultura nacional. Isso sem dúvida deverá gerar mais investimentos na produção local”, finalizou Mauro Gurgel.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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