Embora sem a presença do ministro das Comunicações, Hélio Costa, o anúncio feito ontem em entrevista coletiva na sede do governo estadual tem um forte impacto na indústria local habilitada à produção de set-top box a preço final, em Manaus de R$ 200, enquanto nos demais centros consumidores o equipamento deve custar na faixa de R$ 299. O evento contou com a presença do governador Eduardo Braga, da superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Flávia Grosso e de representantes da indústria como o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) Maurício Loureiro.
Como foi ressaltado no ato, tanto pelo governador Eduardo Braga quanto pela superintendente da Suframa, Flávia Grosso, o set-top box na faixa de preço anunciada vem demonstrar a capacidade do PIM (Pólo Industrial de Manaus) não apenas de produzir e montar determinados artefatos com tecnologia importada mas também de desenvolver aqui a tecnologia de ponta capaz de prover o mercado de produtos que irão suprir as necessidades do consumidor.
A menção ao ministro das Comunicações se justifica até por ter sido ele quem mais se bateu para que a indústria desenvolvesse um equipamento nesta faixa de preço, embora analistas do segmento digam que as motivações do ministro poderiam ser outras.
No entanto, sem este piso mínimo, a grande maioria dos consumidores brasileiros ficaria sem o produto, uma vez que as limitações de renda poderiam impedir o acesso ao conversor para este estrato da população.
Há um aspecto que pouco tem sido discutido ou mesmo informado à opinião pública em relação ao desenvolvimento do conversor de sinais digitais que é justamente a ausência, no mercado, de um equipamento com todas as características envolvidas na transmissão de sinais digitais escolhida pelo Brasil, uma vez que o modelo adotado teve acréscimo de características técnicas para satisfazer o perfil das transmissões brasileiras.
O preço de venda agora anunciado vai, assim, atender ao bolso dos brasileiros das faixas de renda menores. É óbvio que o set-top box a ser comercializado no país por esse preço vai deixar espaço para a venda de equipamentos com mais recursos e direcionado aos brasileiros com maior disponibilidade de recursos financeiros.
O conversor a ser produzido em Manaus deve ir às prateleiras dentro três a quatro meses, o que parece ser um prazo razoável ao se considerar o estado atual das transmissões de TV com sinais digitais, até o momento muito restritas ainda.
As operadoras estão se equipando para fazer as transmissões digitais dentro dos prazos acertados com agência reguladora do setor.
Do ponto de vista da produção, o pólo de eletroeletrônicos de Manaus ganha um produto com grande potencial de vendas, dadas as dimensões do parque de televisores tradicionais instalados no país a necessitar do conversor.
Enquanto isto, do lado do usuário, a melhor opção é ter cautela para não investir em televisores com preços altos e que não irão atender às especificidades do padrão de TV digital a ser transmitido no Brasil.
Tecnologia manauense resulta em set-top box a preço acessível
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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