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Taxas de juros voltam ao nível pré-crise

Os juros bancários recuaram em março pelo quarto mês consecutivo, de acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado na quinta-feira. A exceção foi a taxa praticada pelos bancos em relação ao cheque especial.
A taxa média geral, incluindo pessoa física e jurídica em todas as modalidades pesquisadas pelo BC, caiu de 41,3% para 39,2% ao ano. É menor taxa desde julho, quando estava em 39,4% ao ano.
Parte da queda nos juros se deve à redução do “spread’’ bancário, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos para os clientes.
Segundo o Banco Central, o “spread’’ caiu de 29,7 pontos percentuais para 28,5 pontos no mês passado.
A taxa, porém, ainda está acima da registrada em setembro (26,4 p.p.), época do agravamento da crise.
Para o consumidor, os juros recuaram mais, de 52,6% para 50,1% ao ano, melhor resultado desde junho (49,1%). Para as empresas, os juros caíram de 30,9% para 28,9% ao ano (menor desde setembro).
Houve queda nos juros ao consumidor em praticamente todas as modalidades verificadas pelo BC. O crédito pessoal caiu de 54,5% para 50,8% ao ano. Aquisição de veículos passou de 31,8% para 29,7% ao ano. Na contramão da queda ficou o cheque especial, cujos juros subiram de 166,7% em fevereiro para 169,1% ao ano no mês passado.
A inadimplência das pessoas físicas e jurídicas subiu pelo quarto mês consecutivo e passou de 4,8% para 5% no mês passado, segundo dados fornecidos peldo Banco Central. É a taxa mais alta desde novembro de 2006 (5,1%).
Para as pessoas físicas, a inadimplência caiu pela primeira vez depois de cinco meses seguidos de alta e passou de 8,4% para 8,2% no mês passado, segundo dados do Banco Central.
No mesmo período, a taxa para pessoa jurídica passou de 2,3% para 2,6%, a maior desde abril de 2007 (2,7%).

Volume de crédito cresce em março

Na pessoa física, a inadimplência caiu no cheque especial (de 10,2% para 9,7%) e no crédito pessoal (de 5,8% para 5,6%), mas subiu na aquisição de carros (de 4,9% para 5,1%).
Para a pessoa física, o “spread’’ caiu de 41,4 pontos percentuais para 39,7 pontos no mês passado. Apenas para as empresas, variou de 19 pontos para 18 pontos percentuais.
O volume de crédito cresceu novamente em março e bateu novos recordes.
O estoque total de dinheiro emprestado cresceu 1% no mês e chegou ao valor inédito de R$ 1,241 trilhão.
Essa recuperação tem se concentrado nos bancos públicos. No período entre setembro do ano passado – quando a crise financeira se agravou – e março deste ano, os bancos públicos tiveram um crescimento de 18% no estoque de crédito, enquanto as instituições privadas nacionais registraram aumento de 1,5%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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