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Taxa média de juros cai para 35,5% em setembro

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A redução dos juros nas linhas de crédito destinadas às pessoas físicas contribuiu para a redução da taxa média geral em setembro. No mês passado, ela caiu para 35,5% ao ano, ante 35,7% em agosto. Já o spread bancário -diferença entre o custo da captação das instituições financeiras e a taxa efetiva cobrada dos clientes- apresentou um recuo de 0,2 ponto percentual, para 24,6 pontos percentuais, também o menor valor já registrado.
Considerando apenas as operações destinadas apenas às pessoas físicas, a taxa caiu 0,3 ponto percentual, para 46,3% ao ano em setembro. Em 12 meses, ela já caiu 7,5 pontos percentuais e é a menor taxa desde julho de 1994, início dessa série histórica.

O spread do conjunto dessas operações é de 35 pontos percentuais, queda de 0,3 ponto percentual. Os juros no crédito pessoal apresentaram em setembro uma queda de 0,5 ponto percentual, para 49,4% ao ano. Em 12 meses, esse recuo é de 9,5 pontos percentuais. Dentro dessa modalidade está o crédito consignado -desconto em folha de pagamento-, que apresentou um recuo de 0,4 ponto, para 30,3% ao ano no mês passado. A queda nessa modalidade foi determinante para o recuo das taxas para a pessoa física, já que as demais apresentaram recuos de menor magnitude.

Na aquisição de veículos, a taxa caiu apenas 0,1 ponto percentual, para 28,6% ao ano. Em 12 meses, o recuo chega a 4,4 pontos percentuais. A taxa para a aquisição dos demais bens ficou estável em 55,2% ao ano em setembro. A queda no acumulado de 12 meses é de 5,8 pontos.

No cheque especial, a alta foi de 0,5 ponto e a taxa terminou o mês passado em 140% ao ano. No ano, a modalidade mais cara ao consumidor apresentou um recuo de apenas 3,5 pontos. No caso das empresas (pessoas jurídicas), a taxa de juros subiu para 23,2% ao ano em setembro, alta de 0,1 ponto. O spread das operações para as pessoas jurídicas subiu 0,3 ponto percentual, para 12,7 pontos percentuais.

Contribuíram para a elevação dessa taxa o maior custo nas operações de repasses externos e para aquisição de bens prefixadas, que subiram para, respectivamente, 11,5% ao ano e 17,2% ao ano.

O volume de crédito no sistema financeiro nacional era de R$ 854,133 bilhões em setembro, o equivalente a 33,1% do PIB (Produto Interno Bruto). No mês anterior, essa relação estava em 33%, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, acredita na continuidade da expansão do volume de crédito. Em um primeiro momento, ela foi estimulada pela redução das taxas de juros. Agora, ele espera que estímulo venha do alongamento dos prazos de pagamento.
“Há uma oscilação menor nas taxas de juros, mas o alongamento dos prazos permite o aumento do volume”, explicou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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