Dispondo de um quinto da água doce do planeta, além de ser detentora do maior banco genético e da maior floresta tropical do mundo, bem como sendo possuidora de riquezas minerais incalculáveis, a Amazônia sempre foi objeto de cobiça velada por países estrangeiros, entretanto a voracidade internacional sobre essa parte importantíssima de nosso território tem se tornado cada vez mais ostensiva, conforme podemos constatar mediante declarações de seletas figuras da política internacional.
O general estadunidense Patrick Hughes afirmou em 1998: “ se o Brasil quiser fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente dos Estados Unidos, precisamos interromper esse processo imediatamente”. O ex-vice-presidente americano Al Gore, também proferiu: “ ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”. Somando-se a esse perigoso coro, a ex-secretária de Estado americano , Madeleine Albright declarou: “ Quando o meio ambiente está em perigo, não existem fronteiras”. O diretor da Organização Mundial do Comércio(OMC), o Francês Pascoal Lamy, em uma conferência sobre governança global, assim se expressou: “ As florestas tropicais como um todo, devem ser submetidas à gestão da comunidade internacional”. Fica patente, portanto, que a argumentação de proteção ambiental é a principal arma utilizada pelos globalistas para interferirem em assuntos internos do Brasil.Na verdade, é a questão econômica que está por trás de toda essa “onda verde”.
O The New York Times, em editorial intitulado “Amazônia em Risco”,assim se pronunciou no dia 31 mai 2005: “No momento, a maior ameaça individual à Amazônia é o crescimento explosivo do cultivo da soja no Estado do Mato Grosso, na divisa sul da floresta”, portanto fica patente que a verdadeira preocupação dos estadunidenses é a questão econômica.O forte avanço do nosso agronegócio, que disputa palmo a palmo espaço no mercado mundial com os Estados Unidos, além de outras riquezas ligadas à biodiversidade da Amazônia que poderemos explorar, somadas à nossa indústria dos biocombustíveis, decerto nos catapultará à estatura de potência mundial, consumando-se assim a profecia estadunidense do perigoso surgimento de “um novo Japão ao sul do equador”.
Vale a pena também atentarmos para uma afirmação de dois diretores do banco Mundial, John Redwood III e Vinod Thomas, expressa num artigo veiculado na grande mídia, no qual se mostraram extremamente preocupados com a proficiência de nossos cultivadores de soja do Mato grosso. Assim se manifestaram: “ O Desmatamento na Amazônia, em parte, resulta de incentivos econômicos para a expansão da pecuária e da soja na região e do avanço da soja sobre os pastos do Cerrado, empurrando a pecuária para a Amazônia”,portanto na visão desses diretores basta cessar o fornecimento de incentivos econômicos e o desmatamento se exaurirá, porém sobre os incentivos econômicos aos produtores agrícolas americanos eles nada disseram. O referido artigo, utilizando a argumentação da onda verde, asseverou ainda: “A Amazônia é um depósito de biodiversidade, uma fonte de medicamentos e um importante antídoto para o aquecimento global. Florestas saudáveis absorvem os gases responsáveis pelo efeito estufa”.
Ora, se os estadunidenses estão realmente preocupados com o aquecimento global, por que então não assinam o protocolo de Kyoto? O Protocolo de Kyoto é um instrumento para implementar a Convenção das Nações Unidos sobre Mudanças Climáticas. Seu objetivo é que os países industrializados reduzam até 2008-2012 as emissões de gases que causam o efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos níveis registrados em 1990, portanto da mesma maneira sórdida que atuaram para invadirem o Iraque, apregoando mentiras sobre mentiras,assim também os EUA estão atuando contra o Brasil.
Salta à vista que as grandes potências vociferam e suas ONGs agitam a Imprensa e os Políticos internamente e no estrangeiro, em um macabro círculo vicioso. Vejamos: quais são as ONGs que
Surge um novo Japão ao sul do Equador
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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