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Supermercados registram bom desempenho

Supermercados registram bom desempenho

O setor supermercadista no país acumulou alta real de 5,63% na comparação com o mesmo período de 2019.  O levantamento que considera os meses de  janeiro a maio foram divulgados pelo do Índice Nacional de Vendas Abras apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional.  No mês de maio, o setor registrou crescimento de 11,93% em relação a maio do ano anterior, e alta de 3,75% na comparação com abril. Os valores são deflacionados pelo IPCA/IBGE.

Os dados divulgados pela entidade, consideram que a chegada da pandemia do coronavírus (covid-19) e o isolamento social as pessoas intensificaram suas compras de abastecimento com o intuito de estocar produtos e sair menos de casa. Por isso, o aumento nas vendas nos últimos meses já era esperado pelos empresários do setor.

Vinculados a Abras o diretor da Amase (Associação Amazonense dos Supermercados), Edilson Rufino, sustenta que o dinamismo do setor supermercadista no Amazonas teve um acréscimo de 10% em função da pandemia. Atribuído justamente pela necessidade do isolamento, a população foi conduzida às compras especialmente de abastecimento. O desempenho do mercado surpreendeu num momento em que, inclusive, cogitava-se a escassez de alguns produtos. 

“O volume de vendas deu uma alavancada. Imaginamos que fosse faltar mercadorias, mas não foi o caso.  impulsionou a população nas compras de abastecimento.Tivemos sim um aumento nos preços de alguns itens como o feijão que teve uma disparada no preço de 100% impulsionado pela entressafra que naturalmente ocorre todos os anos”. 

Com dados mais consolidados, o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag, afirma que de janeiro a maio o setor apresentou uma alta de 14%, freando no mês de junho. Em consonância, ele diz que a performance de abril que chegou a 7% foi sustentada pelo anúncio do Lockdown que fez todo mundo correr para fazer compras. No entanto, não aconteceu, e as pessoas deixaram de comprar no mês de maio que registou apenas 2% no volume de vendas.

Em relação a cesta básica, ele admite que houve uma alta muito em função do preço do diesel que subiu, além disso, os produtos que compõem a cesta vindos de fora se depararam com a alta no valor do frete que saltou de R$ 17 mil reais a carreta para R$ 32 mil. Com o interior parado devido a pandemia, a farinha acabou vindo de outros lugares, com isso, também sofreu reajuste. “A parte de hortifruti com a produção mais baixa, com menos gente produzindo, também ocorreu a mesma situação quem tinha elevou o preço. Foram estes os fatores para o aumento da cesta básica”. 

Desde o início da pandemia, em meados do mês de março, notava-se que o comportamento do consumidor era outro, o que levou um grande aumento no movimento nas redes supermercadistas.  A própria Abras, à época, apontava um número de clientes acima da média de 14 a 21 de março. E projetava os resultados, no o Índice Nacional de Vendas de abril. 

Além do distanciamento, Sanzovo, presidente da Abras, destaca ainda que as medidas do governo federal para amenizar os impactos da pandemia na economia, principalmente o auxílio emergencial, também tem refletido no crescimento das vendas dos supermercados. Mesmo assim, não descartou os impactos da queda do poder de compra da população no setor gerados pelo aumento do desemprego no país.

“Muitas empresas, para garantir a sobrevivência dos seus negócios precisaram demitir, aumentando a taxa de desemprego, que seguia em lenta recuperação. O Brasil está entrando em uma séria recessão econômica, assim como a maioria dos países do mundo que foram afetados pelo novo coronavírus. Sabemos que o processo de retomada da economia necessitará do subsídio do governo às empresas que ficaram fechadas, e da desburocratização do ambiente de negócio, redução das tributações e taxas de juros para incentivar novos investimentos e contratações no varejo.”

Abrasmercado 

Em maio, o *Abrasmercado (cesta dos 35 produtos mais vendidos nos supermercados do país) registrou alta de 1,20% na comparação com abril, passando de R$ 528,14 para   R$ 534,48.  No acumulado dos 12 meses (maio2019/maio2020), o valor da cesta subiu 10,99%. As maiores quedas nos preços foram registradas nos produtos: tomate, -5,89%, papel higiênico, -4,85%, frango congelado, -4,28%, e queijo muçarela, -3,56%. As maiores variações positivas foram observadas nos itens:  cebola, 41,73%, batata, 26,47%, farinha de mandioca, 9,48%, e feijão, 7,84%.

Regiões 

Em maio, a região Norte foi a que apresentou maior aumento no valor da cesta Abrasmercado, 4,50%, que passou de R$ 562,60 registrados em abril, para R$ 587,92. A maior variação negativa foi registrada na Região Centro-Oeste, -0,32%, chegando ao valor de R$ 499,64, ante R$ 501,23.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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