Pesquisar
Close this search box.

Supermercados do AM descartam desabastecimento

Supermercados do AM descartam desabastecimento

O toque de recolher e as novas restrições impostas pelo decreto estadual nº 43.282 ao comércio essencial do Amazonas, publicado no diário oficial desta quinta (14), trouxeram diversos rumores junto à população. Entre eles, a possibilidade de uma corrida aos supermercados, levando ao desabastecimento das lojas e até o fechamento de algumas. A Amase (Associação Amazonense de Supermercados), contudo, descarta essas possibilidades, entre outras.    

Embora ressalte que ainda é cedo demais para fazer considerações mais profundas a respeito dos efeitos reais da restrição provisória da circulação de pessoas em espaços e vias públicas dos municípios amazonenses durante as noites e madrugadas dos próximos dez dias, o superintendente da entidade, Alexandre Zuqui, informa à reportagem do Jornal do Commercio que não teve notícias, entre seus associados, de tumultos nos estabelecimentos. 

Diz ainda que, mesmo as restrições já impostas anteriormente aos setores não essenciais, por decisão judicial, não geraram uma reação semelhante do consumidor local. “Temos dúvidas se, com a limitação de horários para circulação de pessoas, não poderemos ter alguns casos pontuais de mais pessoas frequentando os supermercados em alguns horários. Mas, as lojas continuam funcionando normalmente e respeitando os protocolos de segurança sanitária contra a covid-19, incluindo o distanciamento social”, ponderou. 

O dirigente, contudo, relativiza os efeitos reais das restrições de horários previstas no novo decreto. “É claro que tínhamos supermercados operando 24 horas e alguns que se estendiam um pouco mais tarde do que horário comercial. Por outro lado, muitos estabelecimentos já estavam trabalhando há algum tempo com horário mais reduzido e evitando o horário noturno”, amenizou.

De acordo com o superintendente da Amase, mesmo diante de um cenário carregado de tensão e dificuldades generalizadas impostas pela pandemia,  não há possibilidade de desabastecimento de produtos nos supermercados do Amazonas no curto prazo, especialmente os de gêneros alimentícios e aqueles que compõem a cesta básica, assim como os produtos básicos e essenciais de higiene e limpeza.

“O consumidor pode até não encontrar um outro item de laticínio, por exemplo. Mas, há de se destacar que vivemos em uma região de longas distâncias, que normalmente dificultam o transporte de mercadorias perecíveis. Pelo que temos acompanhado, não houve nenhuma alteração significativa e os produtos mais necessários ao consumidor não faltarão”, tranquilizou. 

Indagado sobre o comportamento das vendas do setor no Amazonas, Alexandre Zuqui, disse que a entidade não dispõe de um levantamento atual, mas garantiu que o desempenho seguiu em linha com o que era aguardado pelas empresas. “Não tenho como informar posições, mas posso dizer que as vendas fecharam no padrão. Todos estão voltados para a pandemia e nosso segmento está, inclusive, ajudando na aquisição de oxigênio para os hospitais. Nossa preocupação agora, tanto do setor, quanto da sociedade, é minimizar os impactos da covid”, enfatizou.

Portas fechadas

Na mesma linha, o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Jorge Lima, diz que também não vê problemas na capacidade do segmento supermercadista do Amazonas de atender a demanda dos próximos dias. O dirigente, no entanto, esboça ceticismo quanto à possibilidade de reabertura do varejo não essencial do Estado, no curto prazo. 

“As empresas estão bem fortes e estocadas para o período e não pode faltar alimentos de forma alguma. Além disso, o supermercado é o tipo de estabelecimento onde você encontra tudo: alimentos, produtos de higiene, limpeza, remédios, utensílios para a casa, ferramentas, etc. Só não vejo muitas perspectivas para o varejo em geral, que deve continuar com as portas fechadas este mês todo. Vamos ver se, agora, com a chegada das vacinas, conseguimos reduzir um pouco os números da covid e voltarmos a abrir em 15 de março”, finalizou.

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar