Pesquisar
Close this search box.

Sucesso vai além dos resultados profissionais

Ainda é muito claro na minha memória quando meu pai me ensinou a consertar carros. Naquela época, essa era uma atividade comum aos filhos, que aprendiam as “artes manuais” com seus pais. Com o passar do tempo, aprendi um pouco da arte de consertar automóveis, mas como era de se esperar, a facilidade de enviar o veículo para um profissional, tornou nossa vida mais prática e acessível – e deixei a atividade de lado. Embora eu não tenha me tornado exímio naquela atividade, as lições aprendidas naquele, e em outros momentos da minha vida, mostraram a importância de ter alguém que nos oriente, abra o caminho e mostre o valor de construir algo por si próprio.

Hoje, vejo que o processo de coaching é bem parecido com a experiência infantil, já que está diretamente relacionado a um profundo relacionamento entre o orientador e orientado em que o primeiro se despe de uma postura que o distancia do orientado (de dono da verdade e da razão) para uma postura de guia, de condutor, colocando-se a serviço, construindo o caminho pelo qual o orientado irá construir o seu aprendizado.

Apesar de o orientador guiar o orientado, a construção do aprendizado é responsabilidade e mérito do segundo. É ele quem vai traçar seu caminho e assumirá os riscos e benefícios disso. Trata-se de um “contrato” entre ambos que segue uma estrutura bem definida, na qual uma pessoa se compromete a apoiar a outra a atingir um resultado, seja ele de adquirir competências e/ou produzir uma mudança específica. É um compromisso que vai além dos resultados, e sim, com o indivíduo, com a pessoa como um todo, seu desenvolvimento e seu sucesso.

Por meio do coaching, surgem novas competências, tanto para quem exerce o papel de coach quanto para quem o absorve.

Não se trata apenas de competências técnicas ou capacidades específicas, já que é mais do que treinamento, e o orientador permanece com a pessoa até o momento em que ela atinge o resultado esperado em toda sua plenitude. Aliás, a questão de resultados é um fator fundamental no processo de coaching, pois o termo por si só, pressupõe a obtenção de resultados claros, negociados e dentro de uma dimensão de tempo bem estabe­lecida.

O ICF (International Coa­ching Federation) conceitua coa­ching como: descobrir, esclarecer e ficar alinhado com o que o orientado deseja alcançar; encorajar a autodescoberta; trazer à tona as estratégias e soluções geradas pelo orientado e mantê-lo como responsável e encarregado pelo seu processo de desenvolvimento. Podemos dizer também que é o processo de desenvolvimento de competências; investigação e reflexão que leva à descoberta de fraquezas e qualidades e ao aumento da consciência de si.

Em outras palavras, podemos dizer que é um processo que ajuda a pessoa a mudar da maneira que ela quer, e a caminhar na direção que acredita ser a melhor. Ajuda, ainda, indivíduos e organizações a se desenvolverem mais rápido e a produzirem resultados mais satisfatórios;
potencializa escolhas e leva a mudanças; libera o potencial da pessoa a maximizar o seu desempenho; mais do que ensinar, o coaching ajuda as pessoas a aprender.

O coach desenvolve todos os aspectos da competência para que o líder possa executar bem sua tarefa e preferencialmente atinja um desempenho conhecido como peak performance. Ao contrário dos workaholics, pessoas viciadas em atividades, a pessoa que trabalha em peak performance é focada em resultados. A pessoa em peak performance é capaz de gerar resultados sem comprometer sua existência humana.

Luiz David Carlessi é consultor do Idort/SP em processos de mudança, preparação de times de trabalho para processos de Reengenharia e Qualidade Total, treinamentos comportamentais e desenvolvimento de habilidades e atitudes gerenciais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar