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Crise muda ceia natalina do manauara

A ceia natalina de 2021 vai ser de substituição de cardápio para as famílias. O principal motivo é a alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e a inflação. De acordo com a Amase (Associação Amazonense de Supermercados). O aumento no valor da carne bovina e do peru deve elevar a procura pelo frango. 

O vice-presidente da Amase, Ralph Assayag, as pessoas serão forçadas a comprar outro tipo de produto mais barato “Aqueles que manipulam comida a base de porco que é um perigo sem nenhuma segurança tem que ter cuidado porque vai aumentar bastante porque o preço do industrializado vai ficar mais caro e todo mundo vai ter que inventar uma maneira diferente de fazer o sua ceia de Natal”. 

Vale lembrar que a diminuição no consumo das famílias  vem seguindo um momento em que se opta pela substituição de produtos. “O consumidor tem mudado a marca predileta de produtos e diminuindo a compra de itens que caibam no seu orçamento por causa da inflação e ainda assim registramos menor consumo”, atenta o vice-presidente da entidade, Ralph Assayag.

Dados do FVG Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), apontam que o frango foi o alimento que mais encareceu no último ano – de dezembro de 2020 a novembro deste ano, o valor subiu cerca de 27%. Na sequência vem o ovo, com aumento de 20%. 

Em matéria do portal acidadeon, o economista Eduardo Róis Morales cita que o IPCA nos últimos 12 meses aponta para algo um pouco superior a 10% e sobre desvalorização do real, “é importante nesse caso porque alguns produtos que acompanham a ceia de Natal são importados, como bebidas e nozes, e como são produtos de época tem um encarecimento normal por conta da demanda maior nesse período do ano”.

“Se nos dias normais já vivenciamos um aumento de preços generalizado, imagine numa época onde a procura aumenta como no Natal”, destaca o presidente do Sindecon-AM (Sindicato dos Economistas do Estado do Amazonas), Marcus Evangelista, 

O economista afirma que a tendência é a ceia natalina ser bem mais cara do que nos últimos anos e para amenizar isso o consumidor deve se utilizar da imaginação e fazer as substituições dos itens inflacionados por outros mais baratos .

“A substituição do tradicional bacalhau por peixes regionais seria uma saída , assim como a troca do Peru por uma outra ave. Enfim , se utilizando das substituições, pesquisas de preços e comprando com antecedência, o consumidor poderá fazer as compras dos itens com uma melhor economia . Evitar ao máximo a compra nas vésperas das festas pois além de pagar mais caro, corre-se o risco de encontrar o produto com o valor bem mais alto”. 

Segundo ele, a substituição, compra antecipada é aquela velha dica de pesquisar em pelo menos dois estabelecimentos. “De um modo geral , todos os produtos aumentaram, mas aqueles tradicionais da época tendem aumentar mais ainda em função do aumento da demanda.  O empresário aproveita a procura para aumentar a sua margem de lucro nesses itens.A grande saída para a carne bovina é a carne suína ou até mesmo o ovo”, apontou. 

Aumento dos produtos 

De acordo com o FGV Ibre, frango e produtos similares tiveram um aumento de quase 30%. Enquanto isso, lombo e pernil de porco apresentaram reajustes menores. A expectativa é que a ceia de natal deste ano tenha mais carnes suínas.

O frango está no topo da lista com acréscimo de 27%, os ovos seguem o mesmo caminho com 20%. Um dos motivos tem ligação com aumento no valor de insumos usados na produção avícola.

A carne bovina aumentou quase 20% e o bacalhau 8%. Estudo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostrou que a ceia está quase 6% mais cara. Entre as carnes que menos subiram estão o lombo (6,48%) e o pernil suíno (3,44%).

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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