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Subida das águas amplia caos no comércio

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O nível do rio Negro chegou a 29,72 centímetros na tarde de ontem. Faltando apenas 5 centímetros para superar o recorde registrado em 2009, pontos comerciais localizados nas proximidades do Porto de Manaus amargam prejuízos exatamente na segunda melhor época para vendas no varejo.
O gerente da Churrascaria Toca da Costela 3 (localizado na rua Barão de São Domingos –uma das mais atingidas no centro da cidade), Fred Martendal, contou que a enchente ainda não afetou diretamente o restaurante. Embora a rua já esteja parcialmente alagada, o ponto continua funcionando todos os dias. “No último domingo, sabíamos que a frequência seria baixa, mas abrimos mesmo assim”, disse. O movimento foi mínimo quando comparado a 2011. “Ano passado, tínhamos fila do lado de fora”.
As boas expectativas prevalecem para Valmir Matos. Revendedor de ovos e verduras na Manaus Moderna, o feirante lamenta a invasão da água no Setor de Peixes, onde já foram construídas passarelas para clientes e carregadores. “Até agora, as vendas continuam”, adianta, mas teme que seu estande seja atingido, como em 2009. “Ali eu tive prejuízo”, recorda.
Na Rodriguinho Festas (localizada na rua dos Barés – Centro), o movimento caiu em 50%. Para a gerente Renata Lopes, a dificuldade de acesso devido à alagação na rua Barão de São Domingos tem impedido que a clientela chegue até a loja. “Apesar dos carros estarem trafegando normalmente por aqui, o consumidor prefere evitar o transtorno, o mau cheiro e passam longe daqui”, comenta e aponta para as raras pessoas que caminham pelo local.
Os impactos começaram a ser sentidos também na rua Marquês de Santa Cruz. A vendedora Sandra Silveira conta que a Adriana Calçados somou um prejuízo de 70% no fim de semana das mães. “Fizemos promoções, demos descontos especiais, e mesmo assim estamos funcionando no negativo”, diz. A mistura da água dos rios com o esgoto leva um cheiro ruim para as dependências da loja que, segundo Silveira, afasta os possíveis clientes.

Trânsito interditado

Na manhã de ontem o trânsito foi interrompido em alguns trechos da rua Marquês de Santa Cruz e rua Barão de São Domingos. Na avenida Eduardo Ribeiro, os veículos também não poderão trafegar nas proximidades do Relógio Municipal.
De acordo com o Manaustrans (Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus), tanto o prédio da Alfândega quanto o estacionamento do prédio do Ministério da Fazenda já foram tomados pela enchente.

Velocidade da água

O superintendente regional da CPRM (Serviço Geológico do Brasil) de Manaus, Marco Antônio de Oliveira, aponta que a cota do rio Negro pode chegar a 30,13 centímetros –36 centímetros a mais que a cheia histórica de 2009.
Só no último fim de semana, o rio subiu 5 centímetros. A previsão é que, se a média continuar sendo de 2 ou 3 centímetros por dia, a marca máxima de 29,77 metros deve ser atingida até esta quarta-feira (16). O CPRM pretende divulgar o último alerta sobre as cheias até o dia 31 de maio.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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