O Fundo Monetário Internacional anunciou na sexta-feira a escolha do francês Dominique Strauss-Kahn para ocupar o cargo de diretor da instituição. O ex-ministro socialista substitui o espanhol Rodrigo de Rato, que pediu para deixar o cargo por motivos pessoais, a partir de 1º de novembro para um mandato de cinco anos.
Todos os 24 diretores executivos do FMI votaram pela escolha de Strauss-Khan em detrimento do tcheco Josef Tosovsky, candidato apresentado pela Rússia. Atualmente, EUA e Europa seguem procedimento informal que permite aos europeus escolher o nome para o principal cargo no FMI, e aos norte-americanos, do Bird.
A candidatura do francês, que aguardou o resultado da votação no Chile, era apoiada apoiada por vários países, entre eles, o Brasil. Em nota assinada pelo ministro Mantega, o governo brasileiro declarou apoio após o compromisso do europeu de reformar a estrutura do órgão de forma a dar mais espaço para países emergentes. “Embora ambos os candidatos sejam altamente qualificados, Strauss-Kahn manifestou de forma clara o compromisso de promover uma reforma no FMI visando a mudança do sistema de votação”, destaca a nota do governo brasileiro.
Segundo a nota, a eventual reforma da estrutura do FMI vai democratizar o processo de tomada de decisões do órgão. A maior participação dos países em desenvolvimento na tomada de decisões internacionais é uma das principais bandeiras na política externa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.