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Storytelling para captar no marketing

Quem teve a oportunidade de dormir ouvindo as histórias contadas pela mãe sabe que aquela foi uma experiência para toda a vida porque, quando se é criança, uma história faz viajar, entrar naquele mundo e, por mais fantasiosa que seja, a criança acredita que realmente tudo aquilo existe. Talvez por isso o storytelling esteja fazendo tanto sucesso entre empreendedores nesse momento em que o mundo está entristecido precisando de histórias que promovam o auto astral.

“Se a gente for traduzir ao pé da letra, storytelling significa ‘contar histórias’, mas no contexto do marketing é a narrativa que criamos para captar a atenção, despertar a imaginação, facilitar a aceitação da nossa mensagem e garantir a relevância do que dizemos por meio de um determinado contexto, porém, diferente do que apenas contar uma  história para fazer alguém dormir, o storytelling é usado para fazer com que as pessoas queiram se manter acordadas”, explicou Rafael Freire, publicitário e especialista em vendas online, que tem promovido com seus clientes a produção e veiculação de suas histórias de dificuldades e conquistas.

Contar histórias desperta fascínio porque elas mexem não apenas com a imaginação, mas contribuem fortemente com a nossa sobrevivência através das lições e aprendizados do passado e esse método tem dado certo nas estratégias usadas por Rafael garantindo bons resultados para seus clientes.

“Ao invés de falar única e exclusivamente sobre um produto ou serviço, a captação da atenção e do contato do internauta começa por uma história. Usamos a inteligência artificial das plataformas digitais para nos comunicarmos com as pessoas que têm mais propensão a se interessar pelo que somos, temos e fazemos”, disse.

Mais do que propaganda

Diferente do anúncio de um produto, com duração de apenas segundos, na estratégia de marketing do storytelling o empreendedor não fala necessariamente do produto ou serviço que vende, mas na sua história até chegar a ser o dono daquela empresa responsável por aquele produto ou serviço. O anúncio mostra um mundo perfeito onde as pessoas gostariam de estar. No storytelling são contextualizados problemas, medos sonhos, aprendizados e superações, situações que todos vivenciam ao longo da vida.

“A ‘contação’ de histórias, para se usar um termo atual, é usada desde que o homem começou a se organizar em sociedade e isso já acontecia antes mesmo da escrita. Ele precisava compartilhar o que aprendia para garantir a segurança e a sobrevivência da sua tribo, para que ela não regredisse e precisasse reaprender tudo de novo. Na prática, o storytelling é usado no cinema, na literatura, no teatro, na novela e até mesmo numa matéria de jornal como esta”, falou.

“Eu gosto de dizer que o storytelling tende a convencer mais que uma propaganda comum, principalmente na internet, porque nos veículos de comunicação tradicionais existe a limitação de dois fatores para quem pretende passar uma mensagem: espaço e tempo”, completou.

Mas nem só as histórias de um empreendedor interessam para os clientes da sua empresa. Todos aqueles que possam ajudar a criar conexão emocional em outras pessoas, são importantes. Qualquer um pode ser ativo de uma história, seja no papel principal ou coadjuvante, seja no papel de mocinho ou no de vilão.

“A história de uma empresa não é feita apenas pela história do seu dono e aliás, nem mesmo o dono tem apenas uma história para contar, porém, é nos clientes que está um dos principais ativos da empresa, pois são eles os verdadeiros cases de sucesso de um negócio. É fundamental as empresas incentivarem seus clientes a prestarem depoimentos (preferencialmente em vídeo), falando sobre como saíram de um estado não desejado (também chamado de Inferno) para o desejado (também chamado de Céu)”, informou.

Dois exemplos

Rafael cita dois exemplos de empreendedores que comprovaram o retorno do storytelling.

“Eu vim de uma família humilde, de Maués, tentar a sorte em Manaus. Aprendi a profissão de despachante e hoje gero 20 empregos diretos. Contar uma parte da minha jornada resultou em um saldo positivo, não apenas na nossa imagem institucional como também no fluxo de clientes”, contou o despachante Pedro Dabela.

Pedro Dabela, “aprendi a profissão de despachante e hoje gero 20 empregos diretos” – Foto: Divulgação

“Eu já tinha tomado posse no meu cargo, mas uma doença me impedia de andar, ainda assim senti que precisava ajudar os outros, então criei uma metodologia de estudos para, através da internet, ensinar o caminho para outros assistentes sociais serem aprovados em concursos públicos”, revelou a infoprodutora Luciana Farias.

 Luciana Farias, “ainda assim senti que precisava ajudar os outros” – Foto: Divulgação

“Nós tendemos a nos confortar ao saber que mesmo aquela pessoa super bem sucedida passou e/ou passa por perrengues e isso desencadeia sentimentos como empatia, reciprocidade, autoridade, confiança, procedência, inspiração, medo, raiva, expectativa, ansiedade, tristeza, alegria, motivação, uma série de sentimentos que são benéficos para alguém que está em dúvida sobre qual caminho seguir”, afirmou Rafael.

Rafael Freire, “tendemos a nos confortar ao saber que aquela pessoa bem sucedida passou e/ou passa por perrengues” – Foto: Divulgação

O publicitário reforça a importância de as empresas investirem num espaço somente para esse fim em seus sites e conclui que o storytelling, apesar de muito poderoso, ainda é pouco explorado.

Outras informações: www.rafaelfreireconsultor.com.br

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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