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Sou o que sou

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O ser desconhecido que brotou do “HUMUS” é realmente imprevisível e indecifrável aos olhos da sua própria pequenez. Transita nos limites do inconstante para se apresentar taciturno, alegre, disperso, feliz, infeliz, malicioso, verdadeiro e mentiroso, capaz de perpetrar as maiores atrocidades, o mais grandioso prodígio e todos os atos de santa bondade. Deuses e demônios. Questão de tempo, hora e lugar.

Sartre, filósofo respeitado de um ontem bem recente, ficou célebre, não só por isto, mas, com propriedade, por uma das frases que o definem em minha mente: “Sou o que não sou e não sou o que sou”. 

Freud, Médico Psiquiatra e Neurologista, considerado o pai da Psicanálise, nos brindou com estudos do Id, ego e superego. Estabeleceu a assertiva de que as causas dos conflitos humanos são de origem sexual. Para ele, a libido seria tão somente sexual.

Jung, Médico Psiquiatra e Psicoterapeuta, fundou a Psicologia Analítica, tecendo conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Investigou o inconsciente humano com ocorrências estabelecidas, dentre outras, nos sonhos, fantasias e intuições. A diferença radical de seus estudos para os de Freud se resume no fato das causas dos conflitos estarem contidas na ordem dos fenômenos espirituais, onde o inconsciente existe a priori, antecipadamente ao consciente.

Das genialidades da Filosofia e da Medicina pesquisadora da mente humana, um dia me deparei, frente a frente, com o mais efervescente e inquieto deles, o alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche, nascido na cidade de Röcken, em 1844, falecido em 25 de agosto de 1900, na cidade de Weimar.

 Espírito irrequieto e insatisfeito, consciência eruptiva e crítica. Sua vida foi de lutas contra si, de choques com a humanidade e de paradoxos sem limites. Assim era Nietzsche, provavelmente, hoje, o mais respeitado de todos pelos seus iguais, na contundência da fala, verdade nua e crua de suas crenças. Língua afiada tal qual navalha; mortal, como ponta de punhal. 

Ele simplesmente afirma que somos o que somos, sem ditados formais ou frases de efeito. Na verdade, tanto Sartre quanto Nietzsche têm suas razões, mas prefiro o alinhamento com o filósofo alemão, até mesmo porque, em alguns aspectos, possuo conceitos bem semelhantes aos dele. Na verdade, os quatro nos envolvem nas teias de fortes personalidades. 

Quando mascaramos o que desejaríamos expor, em detrimento total àquilo que gostaríamos de dizer e agir, fugindo ao que definiríamos como nossos princípios básicos, lembraríamos Sartre. Ocorre, porém, que, agindo assim, o fazemos por livre e personalíssima escolha, revelando a nossa inconstância e o que realmente somos, lembrando Nietzsche.

Uma única ação, duas vertentes totalmente antagônicas. Agrada-me a Nietzsche, quando provoca seus discípulos a desafiá-lo sobre o acerto de seus pensamentos e teses, abandonando o amém para abraçar o confronto ditado pelo conhecimento adquirido, além de abrir mão das ovelhas para conquistar novos pastores, dos quais, ele próprio, resgate conhecimento.

Por que motivo eu traria à baila, em Crônica do Jornal do Commercio, os nomes de personalidades filosóficas de tão diferenciado naipe? O primeiro dos motivos se resume em meu alinhamento já declarado aos pensamentos de Nietzsche, descoberto ao sabor do acaso. O segundo tem muito a ver com a ideia central do início da minha fala, considerando os caminhos e os descaminhos da sociedade atual.

Nas entrelinhas do turbilhão dos meus rabiscos, recebi mensagem em meu aparelho celular falando sobre a lenda da verdade e da mentira, que mais se aproximava a um pensamento filosófico. Em linhas gerais, a mentira ilude a verdade e a faz despir-se para tomar banho em um poço de águas límpidas. Sorrateiramente, rouba suas vestes e sai, pelo mundo, iludindo a todos com as roupas da verdade, que se nega a vestir as roupas da mentira. Envergonhada por sua nudez, vaga pelo mundo, nua e crua.   

A algumas pessoas e, por vezes, a mim, soa estranho determinados procedimentos de outras, adotados sem o menor sentido ético e moral, tentando, com crueldade animalesca, criar o caos, abandonando qualquer tipo de pudor e prudência que denunciem a vermelhidão na face.

O que acontece na mente desses seres a ponto de bloquear a sua capacidade de percepção do que é certo ou errado na tentativa de manutenção do poder, pouco importando a destruição do cidadão? Simples assim, diria meu irmão caçula: estão “se lixando” para o povo, conforme deixam claro alguns políticos em sua fala.

Eu acrescento que eles “se lixam” para o país, também. Os olhos desses senhores enxergam tão somente o próprio umbigo. Preocupam-se com a própria conta bancária. Respeitam, amam a si, aos seus e ao poder do qual usufruem. Lava Jato? Justiça? O que são essas coisas tão sem propósito para eles? 

Assim, não me surpreende ou causa estupor o sistemático ataque à honradez dos homens de bem que pautam sua vida pessoal e pública nos caminhos da discrição, da integridade moral e do respeito ético às Instituições. Os detratores possuem a convicção de que perderão as tetas nas quais mamam, na sordidez de suas ações. É o que penso e falo, em tese, escusando-me e pedindo a devida vênia aos magistrados.

Aos canalhas, pouco importa a Nação chamada Brasil. Precisam locupletar-se. Para as “Aves de Rapina”, quanto mais putrefata estiver a carniça, melhor será. O poder ainda não lhes foi tirado por força de Lei. Ela conserva, provisoriamente, a liberdade dos corruptos, como também boa parte do que furtaram do erário, mantendo-os atuantes e perigosos.

Cometeram, porém, como sempre ocorre, um erro crasso e primário: esqueceram de ajustar os detalhes da ação criminosa com o povo brasileiro, farto de ser espoliado que, em atos públicos de grande repercussão e monta, proclamou aos quatro cantos do país o seu “BASTA”.

Acordamos do sono profundo da desatenção no qual hibernávamos e proclamamos, em uníssono, esse histórico “BASTA”, contestados tão somente pelos abutres e por parte diminuta dos inocentes úteis de plantão, satisfeitos com as migalhas jogadas ao chão. 

A cada calúnia ou tentativa de macular a imagem da probidade, a resposta virá adequada. Aos criminosos detratores da Nação Brasileira, devidamente reconhecidos por quem de direito, nada restará além de vestir a carapuça e espernear, posto que a justiça poderá tardar, mas não faltará. O tempo dirá e a VERDADE, NUA E CRUA, vingará.

São o que são, diria Nietzsche: abutres, aves de rapina, nos perdoem as inocentes aves, cumpridoras de sua função na natureza. Os subterfúgios por eles utilizados jamais embotarão a visão do homem de bem. 

Repetimos: são o que são: inimigos da Pátria. SOMOS o que SOMOS: PATRIOTAS. Na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê. Amantes do hino que nos representa em sua letra e música. Respeitosos por nossa Bandeira Nacional, nas cores verde, amarela, azul e branca. 

SOMOS O POVO BRASILEIRO.

João Suzano

é escritor
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