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‘Sou independente, nem situação e nem oposição’, diz Álvaro Campelo

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Em entrevista ao Jornal do Commercio, o deputado estadual Álvaro Campelo (PP), eleito com 15,9 mil votos nas últimas eleições, fala dos desafios dos novos parlamentares que compõem a Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas), a atual situação econômica do orçamento do Estado e os desafios de se propor novas estratégias ao modelo Zona Franca de Manaus, frente a política econômica do ministro da economia Paulo Guedes.

Radialista, advogado, graduado em língua portuguesa e marketing e propaganda pela UFAM (Universidade Federal do Amazonas), Álvaro Campelo está em seu primeiro mandato como deputado estadual. Eleito pela primeira vez vereador em 2012, foi reeleito em 2016, onde atuou como presidente da comissão de defesa do consumidor da CMM (Câmara Municipal de Manaus) e presidente da UVEAM (União dos Vereadores do Estado do Amazonas). Em seis anos no mandato, foi autor de vários projetos, nas quais se destacam a lei do diploma, lei do troco, além da proposta de criação do PROCON Municipal.

Como deputado estadual, pretende emplacar a proposta da CPI do Combustível. Atualmente, preside a Comissão da Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Jovens, é Vice-Presidente da Comissão de Obras Públicas e membro das comissões do consumidor e segurança na Aleam.

Jornal do Commercio –  Quais os principais desafios nesse mandato de Deputado  Estadual?

Álvaro Campelo:  O principal desafio é você poder ir ao interior do Estado e levar essas políticas públicas que a comunidade e a sociedade tanto almejaM e tanto espera. Nós já temos um grande desafio na cidade de Manaus e, eu creio quem implementar e implantar essas políticas públicas para as pessoas que estão distantes de nós sem dúvida é o maior desafio.

JC – Como você vai atuar frente a política de governo do Wilson Lima?

Álvaro: Nós estamos nos posicionando de forma independente, nem situação e nem oposição. Eu creio que seja uma medida, nesse momento, necessária, em razão de início de governo, nós temos aí um pouco mais de um mês do governo Wilson Lima, e aquelas pautas que forem benéficas para a população, elas terão nosso apoio e aquelas  que minimamente afetarem os direitos da população, algum malefício, algum prejuízo, nós não iremos apoiar.

JC: Como você enxerga a nova bancada da Aleam, você vê uma bancada forte?

Álvaro: Olha, eu vejo de pessoas jovens e, de pessoas de ideias novas também. Estou muito entusiasmado com a bancada, eu creio que são pessoas que trarão aí realmente, qualidade para o nosso parlamento, que estarão à frente dos grande embates, eu já vejo esses jovens se posicionando em temas importantes a respeito da saúde, né? E a respeito de outros temas muito importante pra sociedade, ontem mesmo tivemos uma reunião no bairro do Educandos, onde tratamos dos problemas das vítimas daquele incêndio, muitos parlamentares estiveram conosco nesta nova legislatura, e eu vejo com muito bons olhos.

JC: Como você vê a atual situação do caixa orçamentário do Estado e como pretende atuar para ajudar a contornar a situação?

Álvaro: Olha as informações que nós temos é de que o orçamento do Estado está realmente muito delicado, segundo  a expressão popular, 'o cobertor é muito curto' para dar conta da imensa máquina que é o governo do Estado. Eu acho que nesse primeiro momento o governo precisa fazer uma reforma administrativa, precisa enxugar a máquina, precisa cortar gastos, eu acho necessário para que nós possamos também dar uma contribuição para a sociedade, reduzindo a carga tributária, redução de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para que tanto  o governo do Estado e a sociedade tenham um ganho significativo. Como eu falei, da minha parte, aquilo que for benéfico para a população, for positivo para o Estado terá todo o meu apoio.

JC:  Como você avalia os primeiros dias de trabalho do atual governo?

Álvaro: Eu acho que o governo precisa de algumas mudanças, eu acho que nesse primeiro momento, ainda existem situações extremamente urgentes que precisam  ser resolvidas, mas eu, estou aqui para apoiar as iniciativas que o governo julgar que sejam positivas para a população, mas ainda precisa acertar muito o governo Wilson Lima.

JC: Como você ver a atuação situação da Zona Franca?

Álvaro Campelo: A Zona Franca vive um momento extremamente delicado, nós temos aí um ministro, o ministro Paulo Guedes, que não vê com bons olhos o modelo Zona Franca de Manaus, inclusive eu fazia aqui um apanhado de notícias que saiu a respeito do posicionamento do Paulo Guedes, é realmente preocupante, preocupante para a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, já houve uma nota pública a respeito disso. Esse super ministério, essa força, e essa autoridade toda que o Paulo Guedes tem, ela é realmente muito preocupante, mas, tanto a assembleia legislativa do Estado e a bancada federal estarão muito vigilantes em relação a qualquer ameaça que o governo federal possa ser em relação ao modelo Zona Franca de Manaus.

JC: Fala um pouco da Comissão que ficou responsável?

Álvaro: Estou assumindo a comissão de promoção direito da criança ,do jovem e adolescente, nós temos um trabalho enorme a realizar, eu já estou chamando aí os conselheiros tutelares tanto da capital e do interior para nós traçarmos um cronograma de ação, e nós pretendemos combater de forma realmente muito ostensiva o trabalho infantil, a pedofilia e a exploração sexual de menores.  Então esses três ponto aí, serão pontos importantíssimos que nós estaremos atuando dentro dessa nossa comissão e, contando claro, com outros órgãos que de defendem os direitos dos jovens e dos adolescentes, nós chamaremos todos, nós queremos todos, nos fortalecendo cada vez mais para garantir o futuro dessas crianças e desses jovens.

JC: Pretende disputar o cargo de prefeito em 2020?

Álvaro: Olha, o partido já sinalizou internamente a possibilidade de lançar um nome à prefeitura de Manaus. Essa é uma decisão ainda, que vai ser tomada lá na frente, mas que o partido me tem como um soldado, e um soldado nunca foge à luta.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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