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Sou brasileiro e ponto final

Meu amigo leitor, se você tem mais de 25 anos então vai se lembrar deste personagem. Por causa dele acordávamos cedo nas manhãs de domingo. A profissão dele fazia milhares de crianças a sonharem ser como ele. As vitórias dele nos faziam também nos sentir vitoriosos. E o que eu mais gostava, era que quando ele vencia sempre fazia questão de levar a bandeira do Brasil. Falo de Ayrton Senna. Ele era símbolo de uma nação carente de heróis. E o que dava gosto de ver era como o Senna tinha orgulho de ser brasileiro.
Fazemos parte de um imenso país que na maioria das vezes só se torna uma nação a cada quatro anos, quando começa a Copa do Mundo. E quando aquele período futebolístico passa todo aquele patriotismo também passa. Fico pensando com os meus botões: onde está o nosso orgulho de ser brasileiro? Por onde anda nosso patriotismo?
Entendo que passamos por problemas como crises financeiras, apagões, corrupções, desigualdade social, tráfico, pedofilia, analfabetismo e por aí vai. Não incentivo a ninguém a aceitar estas coisas como fatos normais, mas também não aceito que nossos problemas acabem com nosso orgulho. Não precisamos ir a outros países para saber que o Brasil é um país diferenciado.
O mundo inteiro discute a Amazônia como patrimônio da humanidade, mas você e eu sabemos a quem ela pertence. Falando em Amazônia, me lembro de água, e onde está a maior concentração de água doce do mundo? Você sabia que o Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate contra a AIDS?
A verdade é que nos viciamos em falar mal de nossa terra-mãe. Desistimos de defendê-la e valorizá-la. Valorizamos a música estrangeira, a qual muitas vezes nem sabemos a letra, mas não sabemos cantar o hino nacional (diga-se de passagem, um dos mais lindos do mundo). Admiramos autores de outros países que nem sabem de nossa realidade, e desdenhamos os nossos escritores. Temos inúmeras camisas com frases em outros idiomas, mas alguns de nós realmente nunca estampamos que amamos esta nação.
Pais, plantem a semente de amor a pátria em seus filhos. Professores, nossas crianças dependem de vocês para aprenderem a serem patriotas. Militares, nossos jovens precisam sonhar em defender este país. Idosos, vocês são nossos heróis nacionais, precisamos ouvir suas histórias de conquistas. Pastores e padres, ministrem o patriotismo a suas ovelhas.
Vamos lá gente. Somos uma nação diferenciada. Nosso povo é valente, é guerreiro, é abençoado. Procuramos aprender o idioma dos turistas para tratá-los bem. Estamos cheio de problemas, mas ainda conseguimos sorrir. Negros, brancos, mulatos e índios não ficam lutando (e se matando) por causa de raça ou credo. Uma só língua com diversos sotaques.
Com todo o respeito aos outras nações, quem tem o Cristo Redentor não precisa da Estátua da Liberdade. Barcelona, Chelsea, Real Madrid? Estes times ganham prestígios com nossos atletas. Nossas agências de publicidade ganham os melhores prêmios mundiais por causa da criatividade. Exércitos do mundo inteiro vêm aprender com nossos combatentes como sobreviver na selva. E acima de tudo somos um povo temente a Deus.
“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” disse o salmista. Nossos filhos desde pequenos ouvem seus pais dizerem: “Deus te abençoe”. Nossas cédulas têm a escrita: ”Deus seja louvado”. Quem pisa neste solo diz que este lugar é abençoado. O poeta Olavo Bilac disse: “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste. Filhinhos, não vereis nenhum país como este”.
Aqui temos sonhos de sermos felizes. Aqui lutamos, seja por uma medalha olímpica, por um prato de comida ou por uma oportunidade, e conseguimos. Alegramos-nos com aqueles que venceram na vida, e falamos para todos que conhecemos. Isso é Brasil.
Não quero esconder os problemas que existem por aqui, mas que tal se orgulhar mais desta nação maravilhosa? Será que lembramos que somos brasileiros apenas em datas específicas, na hora de tirar o passaporte ou no momento de se alistar para o serviço militar?
Sinceramente, amo demais o Brasil. Amo ser brasileiro. Orgulho-me de termos missionários na África e tropas de paz no Haiti. Esta nação envia seus filhos para abençoarem outros países. Mais uma vez, isto é Brasil.
Nada de ficar explodindo prédios, invadindo nações ou terrorismo. Isso não. Não fomos criados pelo Altíssimo com esta finalidade. Fomos criados, entre tantas coisas, para fazer a diferença. E fazemos isso muito bem. Aliás, se Deus não é brasileiro, mas com toda a certeza, Ele é apaixonado pelo Brasil.
Despeço-me por aqui dizendo que no próximo domingo será impossível ver o Senna pilotando seu carro e levando a nossa bandeira ao lugar mais alto do pódio. Mas poderemos acordar cedo e lembrar que o 7 de setembro é dia da independência. Em outras palavras, é o dia de mostrar que sentimos orgulho de sermos brasileiros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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