As necessidades que o mundo irá exigir dos jovens poderão ser hoje uma motivação a mais para que todos tenham uma atenção voltada para o âmbito das pesquisas e seus resultados; dos estudos científicos mais bem direcionados, enfim, para um cenário onde a tecnologia será a mola propulsora do desenvolvimento.
Nossos avós nunca iriam prever a chegada do homem à lua… e nós hoje estamos sempre a nos indagar: Para que tanta destruição se a vida é uma só e nada o ser humano levará consigo nesta rápida passagem pelo universo? Será a vida interpretada como um trem-bala? Será que os jovens do futuro irão interagir ou se tornarão frios como um cadáver? Irão empreender, saberão dar e receber, participar, comunicar-se, conhecer e respeitar os limites? Porém, constitui fato estarrecedor o ora divulgado pelo IBGE, pelo qual “25% dos jovens brasileiros, nem estudam e nem trabalham”.
E, ainda “tem o País 11 milhões de analfabetos, todos com 15 anos ou mais”. É uma triste realidade cujas causas nunca foram enfrentadas, tendo sido muitas delas até alimentadas pelo mau caratismo de grande parte dos políticos. Nada existe sem ter uma causa e saber qual o nível de humilhação sofrida é ato que nunca fizera parte do âmago daqueles que humilhavam. A melhor Universidade da América Latina não é mais do Brasil. A PUC-Chile lidera o ranking, tendo ultrapassado a USP e a Unicamp.
É vergonhoso que as Universidades tenham de trabalhar para cortar gastos. As Universidades não podem se resumir a espaços críticos, onde as idéias expostas fruto do processo democrático vivido passem a predominar como metas porque haverá sempre reação, gerando o conflito. A própria liberdade dentro da democracia tem limites, até porque lidar com o contraditório não se confunde com anarquia, vandalismo ou balbúrdia. Todos têm dever a cumprir: Universidades, alunos, MEC e obrigações para depois usufruírem de seus direitos, como fora nas décadas de 50, 60 e 70. A educação constrói e solidifica uma Nação, mas as ideologias só destruíram a juventude, hoje abandonada à sua própria sorte.
*José Alfredo Ferreira de Andrade é ex-Conselheiro Federal da OAB/AM nos Triênios 2001/2003 e 2007/2009 – OAB/AM A-29