Aliados dos principais candidatos ao governo do Amazonas já entraram em campo, definitivamente, para fazer campanha e atacar os adversários, marcando o início oficial do período eleitoral. O papel dos ‘soldados’ é manter o nome do aliado em alta e criticar os outros candidatos. Esta semana, os ataques ‘encomendados’ já começaram e já têm alvo certo: Alfredo e Serafim.
As casas Legislativas do Amazonas, a dos deputados estaduais (ALE) e a dos vereadores, CMM (Câmara Municipal de Manaus) foram os palanques escolhidos pelos aliados para iniciarem a guerra dos coadjuvantes. Críticas, questionamentos e até denúncias, que não podem ser feitas pelos protagonistas antes do início oficial da corrida eleitoral, são as armas dos ‘soldados’ dos candidatos que prometem acirrar ainda mais a disputa.
Esta semana, após a convenção do PR, que oficializou a candidatura de Alfredo Nascimento e Serafim Corrêa, que agrega PSB, PT, PDT, PRB, PTdoB, PSL e PSDC e a oficialização da candidatura de Herbert Amazonas pelo PSTU, foi dado inicio à temporada de ação dos apoiadores. Deputados estaduais e vereadores foram os primeiros a responder as críticas feitas por Alfredo Nascimento, Serafim Corrêa e aliados, a atuação do governo do Amazonas, na convenção.
Líder do PSDB na CMM, Leonel Feitoza, que, apesar do seu partido ainda não ter definido como vai entrar na campanha, utilizou seu tempo na plenária para atacar o candidato do PR. Leonel comparou obras feitas pelo governo do Amazonas (ao qual seu partido fez dura oposição durante os últimos 7 anos), com as que foram realizadas pelo ex-ministro dos Transportes. “Vemos a duplicação da BR-101 no Nordeste, que é a maior obra rodoviária em construção no Brasil. E nós estamos a sete anos ouvindo a mesma lambança sobre a BR-319, que nunca fica pronta”, lamentou.
Aliados do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) também entraram em campo contra Alfredo. Isaac Tayah, líder do prefeito na CMM atacou o sistema de transporte coletivo, o Expresso, criado pelo senador quando foi prefeito de Manaus e que foi desativado em 2004, quando deixou a administração. O ex-prefeito Serafim Corrêa, que tem sido alvo preferido dos aliados de Amazonino, há mais de 1 ano, não deixou de ser lembrado e vereadores mantiveram os ataques à administração anterior da prefeitura de Manaus.
Alfredo critica abandono do interior e Rotta rebate
O senador Alfredo Nascimento criticou o que diz ser um descaso e abandono aos municípios do interior do Amazonas, durante a convenção que o oficializou candidato ao governo do Estado. O ex-ministro dos Transportes disse que não entende para onde vão os altos recursos gastos pelo governo, se o interior continua subdesenvolvido. “os recursos precisam ser melhor distribuídos. Vou ser o governador do interior”, garantiu Alfredo, na convenção.
No grupo de defesa do governo do Amazonas e do candidato Omar Aziz, o deputado estadual, Marcos Rotta (PMDB) ocupou a tribuna para afirmar que o ex-ministro sequer citou que as promessas – em reestruturar rodovias federais no Estado e construir portos fluviais, ‘que nunca foram cumpridas”.
O parlamentar afirmou ainda que o governo Aziz buscou investimentos dentro e fora do Estado para dotar de infraestrutura praticamente todo o interior do Amazonas. “Prova disso é o recurso de R$ 43 milhões destinados à infraestrutura de Tabatinga que ganhou escolas, hospitais e estradas”, enumerou Rotta, ao acrescentar que hoje somente as rodovias estaduais estão dotadas de pavimentação e asfalto.
“O número de estradas do Estado é bem maior que a quantidade de rodovias federais. No entanto, em oito anos foi feito um trabalho invejável e benéfico aos amazonenses que, infelizmente, não se compara à administração de Alfredo à frente do Ministério dos Transportes. Hoje os amazonenses não podem contar com nenhuma das estradas federais. Isso porque nada foi feito, em sete anos”, completou Rotta.
Os deputados David Almeida (PMN), Nelson Azedo (PMDB), Carlos Alberto (PMN) e Conceição Sampaio (PP) também criticaram Alfredo. Na avaliação de David Almeida o desenvolvimento chegou a todos os municípios do Estado e que só não houve um maior crescimento porque faltou infraestrutura da BR-319, BR-174 e da BR-230 (Transamazônica).
