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Sistema PIX tem adesão instantânea no mercado

Sistema PIX tem adesão instantânea no mercado

A partir de 16 de novembro, quem tem conta em banco ou em alguma instituição financeira vai se deparar com um novo meio de pagamento no mercado. O sistema denominado Pix, é uma nova modalidade de fazer transferências e pagamentos digitais instantâneos, todos os dias do ano e em qualquer horário, o dinheiro cai na conta em até 10 segundos.

Toda essa novidade vai depender do cadastramento das chaves dos clientes nos bancos, para que possam começar a utilizar o sistema do BC (Banco Central). Pode ser por meio de um número de telefone, CPF ou e-mail do favorecido, feito isso, a instituição repassa a quantia automaticamente.  As transações não terão custos para as pessoas físicas. 

O nova modalidade de pagamento deu início aos cadastros nesta segunda-feira (5). Conforme o BC, até o fim da tarde de ontem, ao menos 3,5 milhões de chaves haviam sido cadastradas.  O sistema estará disponível para quem possui conta no banco ou em alguma instituição financeira. Não é obrigatório. Vale lembrar que os cadastros para as chaves devem ser realizados direto pelo app do banco.

Para o especialista em finanças Nahan Said, a inovação criada pelo BC por um lado é boa, mas é importante salientar que as informações dos clientes interessados serão atreladas por meio dos referidos dados que serão operacionalizados pelos bancos junto com o Banco Central. 

“Toda movimentação vai ficar visível para o governo. Por um lado é bom porque a pessoa que sonega imposto ou age de forma ilegal ou ilicita a partir do momento que digitlaza seu dinheiro é mais fácil de ser pega”. 

Para ele uma desvantagem é a falta de privacidade e o acesso a vida financeira inteira do cliente. “Ele vai saber quanto a pessoa ganha e quanto ela gasta”. Ele diz que é muito relativo esses pontos de vista. “Até onde isso realmente é bom. Aí já entra numa discussão do que seria politicamente correto e até onde vai isso”. 

Ele reitera que algumas pessoas comentam que a nova modalidade está sendo a porta de entrada para um país sem o dinheiro em espécie e que  a tendência é que a cédula circule cada vez menos e que o telefone detenha toda essa movimentação. “Uma porta para o pagamento sem dinheiro que já acontece na China. Lá, eles possuem um Whatsapp próprio, e basicamente não utilizam o dinheiro vivo. Tudo é feito pelo celular. Então, como eu mencionei, existe um controle enorme da vida do indivíduo. É cada vez mais difícil você ter como cidadão a privacidade dos seus dados”. 

O diretor do Banco Central João Manoel Pinho de Mello, espera que o Pix seja usado e seja um enorme motor de inclusão social porque vai ser barato e conveniente “Sendo assim, as pessoas tendem a usar. O que ela substitui contra o dinheiro o que é bom para todo mundo, tanto para que usa, como  para quem paga”. 

Internet

As compras pela internet também devem mudar com a chegada do Pix. Na hora do pagamento vai ser possível apontar para o QR Code e finalizar a compra 

O diretor de inovações, produtos e serviços bancários da Febraban, Leandro Vilain, disse que o sistema é seguro e que toda parte da tecnologia envolvida do conhecimento bancário foi aplicada neste app do Pix. Além disso o sistema bancário conta hoje com enormes estruturas bem preparadas para prevenção à fraude, inclusive, utilização de outras ferramentas como a biometria, tokenização ambiente seguro do aplicativo do celular ou no internet banking. 

Ele ressalta que a Federação é favorável a medidas que reduzam a necessidade de circulação de dinheiro em espécie, que somente de custo de logística totalizam cerca de R﹩ 10 bilhões ao ano. “A FEBRABAN e os bancos estão se preparando para esse novo modelo de negócios e com a expectativa de reduzir o custo de logística de numerário”, diz.

Para Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN, a  inovação que trará mais segurança e conveniência ao consumidor em suas transações financeiras. “O Pix irá aumentar a inclusão financeira no país, estimular a competitividade e aprimorar a eficiência no mercado de pagamentos. O acesso a serviços financeiros constitui um passo crucial para a inclusão social e para o combate à desigualdade no país”, diz. 

Para aderir ao PIX, os bancos brasileiros estão investindo recursos adicionais em infraestrutura, tecnologia e segurança para padronizar e organizar um sistema dentro um ambiente de comodidade e confiabilidade para o cliente. Segundo Isaac Sidney, as medidas são condizentes com os investimentos que o setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica, da ordem de R﹩ 24,6 bilhões anuais.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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