Pouco mais de uma semana após a confirmação da presença do agente patogênico da doença da vaca louca na fêmea bovina que morreu em dezembro de 2010 no Paraná, a carne bovina brasileira está suspensa em seis países -Japão, África do Sul, Arábia Saudita, China, Egito, Coreia do Sul. No caso do Egito, a restrição é somente para o produto do Paraná.
Por ocasião dos primeiros anúncios de suspensão, especialistas consideravam a reação exagerada e apontavam a possibilidade de o episódio servir a barganhas para melhores condições comerciais, principalmente preços. Agora, porém, veem por trás do “efeito dominó” uma preocupação com o sistema sanitário do país.
“O que deve estar passando na cabeça do importador são algumas questões que colocam em dúvida a credibilidade do sistema sanitário brasileiro: o motivo da demora da confirmação do agente e de sua comunicação, por exemplo”, disse o analista da MB Agro César de Castro Alves.
Entretanto, tanto o Ministério da Agricultura quanto a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) explicaram, em comunicados recentes, que o prazo de dois anos ficou dentro do previsto em procedimentos de casos como este.
Ainda segundo Alves, a falta de clareza das autoridades nacionais no processo é o que deve estar incomodando os importadores. “Poderia ser pior e o País precisa ter um contato maior com os principais mercados, como Rússia, Egito, Venezuela, Hong Kong”, completou.
Outros especialistas citaram que as últimas declarações do Ministério da Agricultura e da presidente Dilma Rousseff também poderiam estar causando um certo desconforto. Na segunda-feira (17), o ministério reafirmou, em entrevista à Agência Estado, que o serviço sanitário russo, o Rosselkznador, concordou em levantar o embargo imposto há 18 meses às carnes de Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso. O que falta é a liberação dos frigoríficos que ainda não podem vender ao país, o que ocorrerá após a análise de relatórios técnicos de cada planta pelos veterinários russos.
Sistema explica suspensão da carne local
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:
Qual sua opinião? Deixe seu comentário
Notícias Recentes
Shopee ultrapassa Shein em downloads, à espera da Temu
24 de abril de 2024
Governo facilita crédito e renegocia dívidas de pequenos negócios
23 de abril de 2024
Entrada de turistas no Brasil foi recorde em março, diz Embratur
23 de abril de 2024
Transporte marítimo de carga vive incertezas após caos logístico na pandemia
23 de abril de 2024
Marco Civil da Internet celebra uma década em meio a debates
23 de abril de 2024
Produção de bicicletas ainda em queda
23 de abril de 2024
Intenção de Consumo das Famílias de Manaus em abril fica acima da média nacional
23 de abril de 2024