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Siderurgia quer volta de tarifa de importação

O presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), Flávio de Azevedo defendeu a volta da tarifação de produtos siderúrgicos importados, suspensa em 2005 pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ­Comércio Exterior.
Na ocasião a alíquota era de 16%, conforme lembra Azevedo, e, com a entrada desses produtos na lista de excessões da Camex a tarifa foi extinta. Azevedo destacou que, em razão disso, o país está sendo vítima de prática predatória comercial, pois há excesso de produção siderúrgica no mercado internacional, havendo ofertas ao mercado interno brasileiro que ficam abaixo do próprio custo da produção nacional.
Azevedo lembrou que, ao favorecer o mercado externo, o Brasil deixa de gerar empregos internamente e passa a favorecer a criação de postos de trabalho no exterior. A volta à normalidade, segundo ele “é mais do que justa para o fortalecimento do mercado interno, neste momento de crise internacional”.
O presidente do IBS recebeu na última quarta-feira em Brasília representantes de entidades sindicais e disse que o instituto está alinhado com eles para pressionar o governo a reverter o quadro atual na área das matéria-primas siderúrgicas.
Depois do encontro, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse em entrevista que não apenas o setor empresarial siderúrgico mas também o segmento dos trabalhadores está muito preocupado com a queda de produção na indústria de transformação, da ordem de 44%, nos últimos quatro meses, porque motivou a demissão de 15 mil trabalhadores.

Importação prejudica

De acordo com o presidente da Força Sindical, “enquanto todo o resto do mundo procura se proteger, o Brasil abre portas e janelas para os produtos metalúrgicos estrangeiros, principalmente da China, prejudicando a indústria e consequentemente agravando mais ainda a questão do desemprego”.
Ele disse que conversou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas não obteve resposta. A ideia, conforme Paulo Pereira da Silva é estabelecer uma discussão ampla com a área econômica e até com o presidente Lula para uma solução.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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