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Setores imobiliário e construção civil estimam aquecimento do mercado

Os setores imobiliário e de construção civil, estimam aquecimento dos respectivos setores para os próximos meses. A confiança está associada ao lançamento de futuros empreendimentos com a aprovação de ao menos 35 projetos imobiliários que tramitam no Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) e do forte aliado do mercado, que é a demanda por produtos de médio e alto padrão. 

De acordo com o presidente da Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas), Albano Máximo Neto, as empresas do segmento aguardam a aprovação dos projetos por parte dos órgãos ambientais. “Se aprovados, os projetos devem gerar cerca de R$3 bilhões em receitas. Será  o maior faturamento do setor”. O montante equivale ao triplo do que o mercado vem absorvendo nos últimos anos, aproximadamente R$1 bilhão a nível de volume de vendas. 

Em relação às vendas dos produtos de médio e alto padrão, os números registrados pela Ademi apontam a relevância destes para o setor. Entre os produtos de médio a super luxo de dezembro de 2020 a maio de 2021 houve  uma redução de 53% do estoque. 

Em dezembro, dentro destes segmentos, o mercado tinha 1.746 produtos em estoque. Até maio de 2021 esse estoque foi reduzido e  ficou em 940.

Conforme dados da Ademi-AM, o padrão médio tem uma faixa de valor de 400 até 700 mil; Alto padrão é de 700 a 1 milhão; Luxo de 1 a 2 milhões; Super luxo acima de 2 milhões

O aquecimento da economia, a oferta de financiamentos e os juros baixos, motivaram essa procura. “Esses empreendimentos passaram a caber no bolso  do consumidor e nós temos uma oferta que está restrita aos estoques que foram criados a partir de 2015, fora disso tivemos pousos e lançamentos, então esse estoque está alimentando as nossas vendas”, explica o presidente da Ademi. 

Apesar de o mercado ainda não ter os números do semestre fechado, por sua vez, o presidente do Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Manaus) diz que 2021 está bem melhor que 2020, com números bastantes favoráveis.  “No mercado de obras públicas, saneamento, reformas nós temos o município com projeto de R$1,2 milhão para construir, tem o governo do Estado lançando obras viárias, tem o Prosamim, além do verão que é um  momento favorável para a construção civil”. 

Ele lembra que mesmo com projetos aprovados há necessidade de readequar valores com contratantes ou valores de preços que vai lançar nesse mercado . “Mas eu diria que em todos os números que nós temos são positivos. Temos dificuldades em órgãos licenciadores, contudo são favoráveis. Nós tivemos no primeiro trimestre um número menor tanto de lançamento como de venda em relação a 2020, muito por conta do descolamento de valores de insumos da construção civil”. 

Portanto, ele acredita que já no segundo semestre será positivo, bem como que o ano de 2021 terá desempenho maior que o ano passado. “Eu estimo que isso resulte num crescimento na ordem de 20%. Lembrando que tivemos um mês de janeiro de pandemia que parou todo o setor econômico, inclusive a construção civil, o que não aconteceu em 2020. Essas retomadas são meio traumáticas atrasam a entrega de obras e acabam atrapalhando um pouco, mas dentro desse balanço eu acredito que 2020 será apostivo”.

Ele diz que tem uma projeção de taxa Selic crescente de 2,5% para 4,25%, mas com uma estimativa de até 5,5% no fim de 2021, contudo não se compara ao 14,25% que tinha em 2016. “É um momento favorável que eu acredito que por todos os indicadores, inclusive os de licenciamentos, será positivo”. 

Projetos

Após assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com a Semmas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade), em maio deste ano, os projetos das incorporadoras foram direcionados à Secretaria e seguem em tramitação.

Sem estipular prazos, o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, informa que cada projeto possui a sua complexidade. De acordo com Valente, 90% dos projetos de licenciamento ambiental tem como áreas os bairros Ponta Negra e Tarumã.

Ainda conforme o presidente do Instituto,  essas localidades são extremamente sensíveis, com apelo imobiliário muito forte. “Os projetos seguem um fluxo. A complexidade é intensa e cada processo tem um ritmo. Mas, todos estão em análise. Esse trabalho esteve sob a responsabilidade da Semmas por 12 anos e o estado teve que absorver o fluxo por conta de problemas administrativos da antiga gestão municipal”. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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