Pesquisar
Close this search box.

Setor sucroalcooleiro tem R$ 1,8 bilhão para usinas em MS, GO e São Paulo

A diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamentos de R$ 1,8 bilhão para a construção de cinco novas unidades industriais de açúcar e álcool.
A empresa ETH, controlada pelo grupo Odebrecht, receberá R$ 1,15 bilhão para a construção de três unidades industriais nos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo. Os outros R$ 634 milhões serão destinados à  Iaco Agrícola, dos grupos Grendene, Irmãos Schmidt e do empresário André Esteves, para a construção de uma usina em Mato Grosso do Sul e para a  Usina São Fernando, controlada pelos Grupos Bertin e Bumlai, para implantação de outras duas unidades também em Mato Grosso do Sul.

Investimentos ambientais

O apoio do BNDES aos três grupos permitirá investimentos totais de 2,9 bilhões na economia brasileira e a geração de 7,5 mil empregos na região Centro-Oeste e no interior de São Paulo. Além disso, a partir de recomendação do BNDES, serão feitos investimentos ambientais e sociais no entorno das unidades. Na ETH, esses aportes somarão R$ 24 milhões.
As três usinas do grupo Odebrecht terão capacidade de moagem total de 14 milhões de toneladas, a ser atingida até 2013. O apoio do BNDES, correspondente à primeira fase do projeto (2008 a 2010), equivale a 60% do valor total do investimento, de R$ 1,921 bilhão. A meta de produção de todas as usinas da ETH a partir da safra 2015/2016, é de 45 milhões de toneladas de cana por safra e venda anual de 2,9 bilhões de litros de etanol, 1,8 milhão de toneladas de açúcar e 700 MW de energia.

Geração de energia

A usina São Fernando Açúcar e Álcool (Bertin e Bumlai) terá capacidade de moagem de 2,3 milhões de toneladas de cana por safra e de gerar 49 MW de energia elétrica, com início de operação previsto para 2009/10. A produção de etanol será de 200 milhões de litros anuais.
A capacidade de produção da Iaco será de 1,9 milhão de tonelada de cana-de-açúcar na safra 2011/12, 161 milhões de álcool e vai gerar 40 MW. A localização do projeto, em Chapadão do Sul (MS) é estratégica devido à grande disponibilidade de boas terras e por ficar a, apenas, cerca de 15 quilômetros da Ferronorte.

Atuação do BNDES

Os cinco novos projetos agregam-se às 38 novas usinas aprovadas pelo BNDES desde 2004. Naquele ano, o setor sucroalcooleiro iniciou forte ciclo de investimentos, sobretudo em razão do rápido crescimento da frota de veículos flex-fuel, lançados em 2003.
Em 2008, o volume total de aprovações para o setor foi de cerca de R$ 6 bilhões. Somente as aprovações para projetos de implantação de usinas alcançaram cerca de R$ 4,5 bilhões, cifra que supera em 80% o total registrado em 2007 em aproximadamente 30 vezes o valor aprovado em 2004.
Outro destaque observado é o aumento do tamanho médio das novas unidades industriais. Em 2007 as usinas aprovadas tinham capacidade média de moagem de 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, enquanto em 2008 tal média alcança 2,5 milhões. O conjunto de 43 usinas aprovadas irá gerar 59 mil novos empregos, sendo, aproximadamente, 11 mil vagas na etapa industrial.
No que se refere à distribuição geográfica, os projetos aprovados pelo BNDES têm se concentrado na região Centro-Oeste e no oeste dos Estados de Minas Gerais e São Paulo.
Com relação aos aspectos sócio-ambientais dos projetos, o BNDES condiciona a aprovação dos pleitos e a liberação dos recursos à apresentação de todas as licenças ambientais pertinentes. Quanto às questões sociais, a diretoria do BNDES tem exigido, nos projetos de maior monta, a apresentação de investimentos, sobretudo aqueles voltados para a comunidade externa à usina.

Perspectivas para 2009

No próximo ano, o valor das aprovações ficará próximo ao registrado em 2008. Conforme demonstra a tabela a seguir, o conjunto de operações já enquadradas e em fase de análise  –  ou seja, que estão em etapas próximas à aprovação – totaliza R$ 3,4 bilhões. As operações em consulta e em perspectiva somam R$ 1,4 bilhão, o que totaliza estoque de R$ 4,8 bilhões ainda não contratados.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar