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“Setor rural precisa de mecanização”

O presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas), Muni Lourenço, sempre foi um grande defensor da tecnificação para alavancar o agronegócio na região. Porém, as famílias rurais ainda utilizam as velhas práticas de cultivo de seus antepassados, algo que depõe contra o desenvolvimento de um setor capaz de gerar mais emprego e renda, dando condições para a permanência do homem no campo.

“A mecanização é extremamente importante para um segmento que oferece grandes oportunidades de negócios. E também são sempre oportunas e necessárias medidas de disponibilização de mais créditos e apoio ao setor rural”, diz ele. “É muito estratégica a inovação tecnológica”, acrescenta…

Lourenço vê com otimismo as medidas do governo do Amazonas em fomentar a produção rural na região. Hoje, grande parte dos municípios recebe investimentos para diversificar a produtividade, reunindo mais infraestrutura logística com a introdução de novas técnicas de cultivos.

Técnicos dos órgãos estaduais de apoio à produção rural percorrem o interior qualificando a mão de obra. Aos poucos, os produtores abandonam as queimadas tradicionais nas áreas onde são feitos os cultivos. A prática empobrece o solo, destrói os nutrientes, possibilitando posteriormente outras plantações. É um ciclo vicioso. E anacrônico.

“A tecnificação pode fortalecer o agronegócio no Amazonas. Temos grandes potencialidades. E vemos como muito estratégica essa mudança de mentalidade com intensificação da produtividade no campo com esse viés”, ressalta Lourenço.

No entanto, a inovação tecnológica, hoje tão necessária como diferencial de competitividade no mercado consumidor, ainda está longe de ser uma atividade de vanguarda no Estado. Para Lourenço, o setor dá os primeiros passos em direção à mecanização das atividades.

25/01/2013 Crédito: Igo Estrela

Ele falou exclusivamente ao Jornal do Commercio.

Jornal do Commercio – O governo do Amazonas tem fomentado o setor primário, concedendo mais créditos aos produtores. Como avalia essas novas medidas?

Muni Lourenço – São sempre oportunas e necessárias medidas de disponibilização de mais créditos e apoio ao setor rural.

JC– Outras ações são desenvolvidas para recuperar vicinais. São muitas frentes de obras em municípios, principalmente os localizados nos arredores de Manaus. Com isso, haverá mais infraestrutura logística para o escoamento da produção?

ML – Há historicamente uma carência de infraestrutura logística no interior do Estado e isso dificulta o escoamento da produção.  A Faea sempre defendeu o contínuo incremento dos investimentos nessas políticas públicas, onde se destaca a recuperação de vicinais e estradas rurais.

JC – Fala-se que as atividades agrícolas ainda permanecem como antes no Amazonas. São mantidas as velhas práticas de cultivos. O que fazer para viabilizar um processo de mecanização, que agregaria mais valor aos produtos e aceleraria os trabalhos no campo?

ML – É extremamente relevante a ampliação da mecanização no campo, visando ao aumento da produtividade da tecnificação em nossa agropecuária.

JC – Como vê a atuação do atual governo do Amazonas? As expectativas atendem aos anseios do setor?

ML – Para alavancar a produtividade agropecuária é fundamental a massificação da assistência técnica aos produtores rurais. Agora é lógico que também é relevante a aceleração da regularização fundiária e ambiental.

JC – Que iniciativas vê como prioritárias para alavancar a produtividade agropecuária no Estado?

ML – Nossas expectativas são sempre de que as políticas públicas destinadas ao setor rural possam ser fortalecidas continuamente, isso em relação a todas as esferas da administração pública.

JC – Hoje, importamos praticamente a maioria dos alimentos disponibilizados no mercado de Manaus. Até farinha é importada do Sul do País. Aqui, a mandioca dá como praga. O que falta para mudar esse cenário tão adverso?

ML – É muito importante que nosso Estado diminua a dependência de importação de alimentos. É fundamental o esforço pela interiorização e diversificação de nossa economia.

JC – Estamos às vésperas das novas eleições. No plano nacional, melhor com Bolsonaro ou Lula? E na disputa local, melhor com o atual governador ou Amazonino Mendes, que devem polarizar a corrida pelo governo estadual?

ML – A questão diz respeito ao aspecto político-partidário. E a Faea se abstém de manifestações com esse cunho.

Marcelo Peres

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