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Setor hoteleiro no AM amarga prejuízos no 1º semestre

Apesar da taxa média de ocupação ter registrado no primeiro semestre 19,86%, o setor hoteleiro no Amazonas não tem o que comemorar. A baixa ocupação vem acumulando quedas e embora a leve recuperação, os resultados estão aquém dos níveis esperados pelo segmento. Os dados são da Abih-AM (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas).

Os efeitos da Covid-19 nos meios de hospedagem, retratam grandes perdas para o setor. Que chegou a cancelar várias reservas. “Nos dois primeiros meses do ano ficamos totalmente fechados. As viagens comprometidas e alta no pico da pandemia no Amazonas estão entre os principais fatores para o fraco desempenho”, avalia o presidente da Abih-AM, Roberto Bulbol. “As empresas ainda estão fragilizadas, os hotéis,  bares, restaurantes,  empresas de eventos”. 

Ele reitera que a insegurança da população em viajar, por conta da pandemia, consequentemente, gerou reestruturação na malha aérea e afetou diretamente o receptivo no estado. Empresas reduziram a oferta de voos, aumentaram as conexões, interromperam voos internacionais, dentre outras mudanças, que constantemente são anunciadas pelas empresas aéreas

Na opinião dele, embora o setor ainda não tenha alcançado um equilíbrio, já apresenta um  nível bom. Ele diz que observou um crescimento lento na frequência dos hotéis, o que significa uma pequena retomada.  “Entre abril e junho houve um aquecimento, aumentou a frequência de voos, abriram as restrições. Houve um incremento bem tímido. Se considerarmos o nível de ocupação foi muito fraco.  De dois meses para cá aumentou. A vacina é a grande responsável pelo fôlego na atividade. O avanço na imunização entre as faixas etárias traz mais confiança ao turista. As pessoas voltaram a circular, principalmente dentro do Estado. Os índices de óbitos pela doença caíram”. 

O setor se mantém otimista para o segundo semestre . “A gente pode dizer que tem uma expectativa boa de retomada, embora lenta, porém deve crescer. Esperamos que em duas semanas a gente possa trazer mais confiança e segurança  para a economia e ao turismo”. 

Segundo Bulbol, o segmento tem começado a ter reserva para temporada de pesca do tucunaré. Que ano passado foi suspenso. “Isso traz confiança. É pequena a procura, mas para quem amargou grandes prejuízos”. 

Contratações estagnadas 

Para completar o nível de contratações no setor ficou completamente estagnado. Segundo Gerson Almeida, presidente do  Sindechrsam (Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro do Estado do Amazonas). De janeiro a junho praticamente não houve contratação  no número de trabalhadores que operam no segmento. 

Ele afirma que esse resultado está associado à vigência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, do governo federal. “As empresas deixam de reativar os contratos de trabalhos suspensos ou efetivar novas contratações porque estão amparadas pelo Programa Emergencial”.

De acordo com o Sindicato, o  segmento conta atualmente com 50 mil trabalhadores em atividade e cerca de 10 mil pessoas que estão afastadas das atividades porque tiveram os contratos de trabalhos suspensos, mas recebem mensalmente por meio do governo federal. “Após o retorno das atividades comerciais, consequentemente a demanda por mão-de-obra também cresceu. Mas, o amparo do recurso federal  afasta as contratações até o mês de agosto”, considerou ele. 

Ele espera que a partir de setembro o segmento crie novos postos de trabalho. “O movimento do setor hoteleiro continua tímido, sem perspectiva de aquecimento em admissões. Esperamos que após o encerramento do Programa Emergencial as contratações sejam retomadas. Nos hotéis, a situação é mais delicada ainda por conta do turismo que está em baixa na região. Não há contratações no segmento”.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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